Joker - Villain Deku

Arco I - Capítulo 3 || Parte 2

{<Arco I: aliados>}
<Capítulo 3: Encontro à meia noite || Parte 2>

Izuku caminhou lentamente em direção ao lugar que os outros estavam reunidos.

Shinsou foi ao seu lado, a capa preta cobrindo todo seu corpo, o capuz escondendo seu rosto e uma máscara preta e roxa, com dois buracos ao redor dos olhos - para ele poder enxergar, é claro.

O esverdeado também colocou outra roupa, a sua roupa oficial de vilão: um terno preto com uma camisa branca por baixo, além da gravata também preta.

Suas botas eram da mesma cor que o terno e a gravata, com cadarços vermelhos. Sua máscara era quase igual a do seu traje de herói, exceto pelo fato de que ela pode alterar sua voz, a tornando mais grave ou aguda - ele a tinha usado para se encontrar com Denki anteriormente.

Um chapéu preto com uma fivela vermelho sangue completava seu visual. Seu nome de vilão? Joker.

- Oh, vejo que todos receberam meu convite! - exclamou Izuku alegremente, se posicionando na frente de todos. Sua voz estava mais grossa.

Ele podia ver seus olhares duvidosos e inseguros.

- Você é a pessoa que nos mandou as cartas? - perguntou Momo.

- Exatamente! Eu sou Joker, o verdadeiro líder da Liga dos Vilões!

Todos ficaram bem surpresos com aquela afirmação. Eles sabiam que o remetente das cartas seria um dos alunos, então claramente não esperavam que ele fosse o líder.

- Ora, não precisam ficar tão surpresos! Eu não trouxe todos vocês aqui porque queria machucá-los, não, de forma alguma! Eu os reuni aqui pois preciso da sua ajuda!

- Nossa ajuda? - indagou Hagakure. Izuku podia reconhecê-la pelas roupas "flutuantes".

- Sim! Nossa sociedade está uma bagunça! Heróis falsos espalhados por todo lugar, que apenas almejam fama e dinheiro! Pobreza e preconceito, até mesmo na escola!

Ele olhou para o rosto de cada um antes de continuar.

- A Liga dos Vilões foi criada para acabar com essas desigualdades e mostrar ao mundo que pessoas sem individualidades, de diferentes países, religiões e cores de pele são iguais! Eu apenas quero criar um mundo justo, onde todos possamos viver de forma igual, sem discriminações.

Ele suspirou, antes de continuar novamente:

- Mas eu não consigo fazer isso sozinho. Eu preciso da ajuda de vocês, aspirantes a heróis, para mudar o pensamento das pessoas que se dizem heróis, mas são apenas pessoas cheias de luxúria e gula, que transmitem falsa segurança! Por isso, eu lhes peço ajuda.

O silêncio reinou na caverna. Era possível ouvir as ondas do mar batendo contra as rochas, e o vento assoviando do lado de fora.

- Realmente, o mundo está muito injusto. - disse por fim Momo, atraindo a atenção de todos - As pessoas se aproveitam de mim porque eu tenho dinheiro. Não acho que já tive muitas amigas verdadeiras. Mas do que adianta possuir grandes quantidades de dinheiro e riquezas, se eu não posso ser feliz?

As pessoas começaram a concordar, murmurando entre si.

- Alguém vai precisar tirar essa injustiça alguma hora.

- Sim, eu também acho.

- Talvez se tornar um vilão não seja uma má ideia, se for para ajudar os outros.

- Sinceramente, os heróis quase nunca ajudam as pessoas que realmente precisam.

Todos olharam o esverdeado, com olhares destemidos. Eles estavam dispostos a ir o quão longe precisassem.