Ao sair do consultório Bianca sentiu uma sensação diferente como se cargas de choque invadissem o seu corpo. Nunca imaginou que a psicóloga que todos falavam era a Rafaella, a "sua" Rafaella, talvez o seu inconsciente havia bloqueado alguma coisa pois até naquele momento ela não havia associado o nome à pessoa. Ficou surpresa ao vê-la ali tão linda e tão importante, os anos estavam sendo gentis com ela, pois ela estava ainda mais bonita. Rafaella havia se tornado uma mulher linda, forte, imponente o olhar firme parecia enxergar a alma, Bianca sabia que ela poderia lhe ajudar, só não sabia até que ponto não deixaria se envolver, Rafaella estava sendo o mais profissional possível e se a linha for rompida? Havia uma história inacabada, respostas a serem dadas, perguntas a serem feitas estaria ela preparadas para as respostas? Estaria ela preparadas para as perguntas?
Bianca passou o resto do dia na galeria não foi almoçar em casa nem passou por lá durante a tarde, estava precisando ficar um pouco só ao procurar um profissional sabia que várias janelas deveriam ser abertas e o seu passado tornar -se presente, mas tinha que ir até o fim não conseguia admitir o fato de não amar sua filha como deveria, logo ela que sempre adorou crianças. Pela sua filha iria desenterrar o passado e viver mais uma vez as consequências disso.
-- Mamãe! – Escutou a voz alegre vindo ao seu encontro – Saudades – disse abraçando-a as pernas.
-- Posso saber por que a mocinha ainda está acordada? – disse agachando.
-- É que.. é que... você demorou um tantão assim – afastou os bracinhos.
-- Não demorei nada – sorriu – E você já comeu? Onde está seu pai?
-- A tia Drica fez o mingau sim – sorriu – Papai tava lá fora ele que disse pra te esperar.
-- Eu vou tomar banho e quero a mocinha na cama.
-- Ahhh mamãe vamos brincar – disse fazendo dengo.
-- Meu anjo eu estou cansada.
-- Quando isso vai passar? Todo dia você tá com ele – disse emburrada.
-- Vamos para a cama?
-- Só um pouco mamãe...
-- Eu já disse que não – disse nervosa – Estou cansada e não quero brincar será que você não entende isso?
-- Eu só...eu só – fez cara de choro.
-- Vem cá – chamou sentando no sofá – Desculpe – disse com sinceridade – A mamãe está muito cansada não quis brigar com você, está bem.
-- Você nunca brinca comigo – disse com os olhos cheios de lágrimas – Só um pouquinho.
-- Eu sei meu anjo, mas prometo que vou ter mais tempo para você. Agora vai lá para o seu quarto que daqui vou contar uma história para você, certo?
-- Pode ser a da cinderela? – deu o melhor sorriso.
-- A que você quiser.
-- Então vou logo.
-- Vai sim, não demoro.
Essas situações deixavam Bianca triste era torturante ver a sua filha quase que implorando por um pouco de sua atenção, ela não tinha culpa do que aconteceu e não era justo tratá-la daquela forma. As vezes tentava manter a calma, mas a irritação acabava voltando e nesses momentos acabava sendo áspera demais com a criança, não queria mais isso e estava disposta a fazer o que fosse possível para amar a sua menina.
Saiu do banho e foi contar a história entrou no quarto e sua filha estava deitada visivelmente com sono, aproximou-se mais e olhou para a sua menina ali deitada olhando para ela.
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A Freira - Adaptação Rabia
FanfictionHISTÓRIA ADAPTADA RABIA "Rafaella ficou parada, sem ação, sem saber o que falar. Não poderia deixar que algo desse tipo acontecesse, era responsável pelo convento e por todas as pessoas que estavam ali, era seu dever protegê-los não permitiria que n...