Capítulo 46

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Bom dia!!!

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Diogo chegou fora de si na casa de Mônica, não estava raciocinando direito e exigia que a sogra fizesse algo para que Bianca voltasse para casa.

-- Eu não sei! – disse alto – Não faço a mínima ideia para onde ela foi – disse alterado – Ela chegou pegou algumas coisas e saiu, disse que só iria ao apartamento acompanhada de um advogado.

-- Você é um fraco Diogo! Sempre foi! Como não percebeu que havia algo errado!

-- Nunca fomos um casal de verdade e você sempre soube disso. A única coisa que a prendia era a Rafaely...

-- Mas algo mudou não foi?

- Sim – falou nervoso – Ela está a cada dia mais próxima da menina e começou a ficar estranha e sair mais.

-- Deve ter alguém por atrás disso.

-- Como assim?

-- Tem alguém com Bianca, simples.

-- Não acredito! Não permito isso!

-- Uma coisa pode fazê-la ficar...

-- O que? Eu faço qualquer coisa!

-- A Rafaely... você tem uma aliada ao seu lado Diogo....fale com sua filha.... Diga que a mãe dela quer afastar vocês!

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Mariana estava praticamente resolvendo tudo para o convento, ganhou a confiança de Teresa e ficou responsável diretamente pelas meninas que estavam chegando. Gostava do trabalho que estava realizando, participava de congressos, dava palestra e ficou muito feliz quando viu que muitas meninas estavam fazendo experiências e ficando no convento. Estava realmente muito feliz com o bom momento pelo qual estava passando, mas sabia que cada dia que passava percebia que a sua felicidade não estava ali, não dentro daqueles portões.

Havia se afastado de Rafaella e sentia falta da amiga e das conversas, mas depois que passou a noite com Gizelly decidiu afastar delas. Não tinha esquecido o que tinha acontecido e nem foi tão indiferente como se mostrou ser, apenas não queria iludir -se passar o mesmo que Rafaella passou e se Bianca que aparentemente amava Rafaella fez aquilo tudo o que poderia esperar de Gizelly? Nunca se prendia a ninguém e dizia orgulhosamente que jamais queria algo sério com, não iria colocar em jogo o que tinha apenas para satisfazer os desejos dela.

Quando foi para o convento sabia que gostava de mulheres e a sua ida não foi uma forma de esconder ou sufocar isso, da mesma forma que uma moça hétero se sentia chamada à vocação religiosa ela sentiu o mesmo, e apesar de passar tanto tempo no convento rodeada de meninas e mulheres nunca olhou diferente para ninguém. Aceitou muito bem a sua sexualidade e não teve experiências ou envolvimentos, detestava a ideia que se tem que ser gay é pensar apenas em sexo como se sua orientação sexual fosse um desvio.

Sabia que era lésbica, mas nunca havia ficado com ninguém nem havia pensado na possibilidade, a primeira vez foi na noite em que Gizelly entrou em seu quarto.

Não se arrependeu do que aconteceu, mas refletiu que talvez tenha ido cedo demais para o convento, deixou-se levar pelo desejo adolescente do aqui e agora. Uma coisa era certa, se saísse do convento seria para ter alguém ao seu lado, constituir família se não fosse assim continuaria naquele lugar que aprendeu a amar, ajudando as pessoas mais necessitadas, cuidando das crianças abandonadas e rezando para que no mundo existisse mais amor, sabia que era algo pequeno, mas estava fazendo a sua parte.

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Gizelly estava deitada olhando para o teto e pensando em uma forma de aproximar-se de Mariana. Desde a última conversa que tiveram que elas não se viram mais, Mariana simplesmente afastou-se de Rafaella e dela. Tentou explicar para ela que gostava de verdade, mas não adiantava, pois Mariana não acreditava nela e a pessoa mega criativa não fazia a mínima ideia do que fazer.

A Freira - Adaptação RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora