Reis

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O vendaval afora se enleando, as balas me despertam assim como os choros de Veneci, olhar de incerteza e medo do Pete direcionados a mim, me dá uma certa impressão de que suas artérias amarraram seus órgãos protegidos por sua caixa torácica aninha...

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O vendaval afora se enleando, as balas me despertam assim como os choros de Veneci, olhar de incerteza e medo do Pete direcionados a mim, me dá uma certa impressão de que suas artérias amarraram seus órgãos protegidos por sua caixa torácica aninhando um nó em sua garganta, um olhar de preocupação, receio. Pego minha arma do coldre, sigo o som dos disparos e berrares desesperados, me soando familiar.

Macau.

Transito até seu quarto, adentrando sua varanda me deparo com Macau e um garoto em seus braços, enquanto suas mãos carregam uma Taurus, disparava para o nada, às cegas da noite.

Em um salto impulsionado, salto de sua sacada, meus pés sendo amortecidos pela grama embebido na água, pegando sua arma com cartela, suas mãos trêmulas pela adrenalina. O ar tinha cheiro de grama recém-cortada, a cada milésimo mais intenso pela água que escorria do céu, molhando minha calça moletom.

Macau se aproxima cada vez mais do garoto baleado, atraído por murmúrios quase inaudíveis.

- Respirando. Ele está respirando - A ressalva do Macau veio acompanhado de um sorriso aliviado e ingenuamente macio de sua parte. Estava notado de ânimo mesmo em meio ao caos, pegando o corpo pálido em seus braços, com a maior delicadeza.

- PORCHAY? - Os bradares de Interpelo do Pete, desordenados pelos estalos da chuva, me fazem encará-lo na sacada bisbilhotando o acontecido, Veneci em seus braços coberto por sua mantilha, trajado em sua parte superior de um conjunto moletom de minha calça acinzentada pela velhice, na qual estou vestido.

- Leve-o para a doutora Ploy, avise o Porsche, Pete procure quem atirou, rastreie o cartucho, qualquer coisa me avise e não deixe a família principal saber quem - Oriento, escalando a escada ao encontro do Pete selando brevemente seus lábios doçura e delicada maciez de sua boca.

Partindo para um banho morno, as singelas ondas de calor perfuram meus poros, espalhando espasmos de choque fincar minha pele, em um ciclo de inspiração e expiração abraçam minha audição, o ritmo sublime da minha respiração mesclado com os ruídos da chuva e o cantor de algum grilo vadio pela noite cantando pelo orvalho da noite, escondido na tempestade.

O azul se tornando mais intenso no horizonte, por trás das vidraças do banheiro, enquanto micro gotículas de vapor se Instagram no vidro, difundindo a imagem da chuva que escorre fria do outro lado.

Prontamente saio, espalhando o vapor com o aroma capim-limão e tangerina pelo cômodo. Trajando uma camisa vermelha laminada pelo cetim, e uma calça social preta, a cinta couro as prendendo no lugar.

Pete, não tão diferente de mim, havia optado por tomar banho na suíte, prontamente ligando para Érika a deixando a par dos acontecimentos.

- Favor? Que favor - Perquiri levemente alterado, me procedendo um riso frouxo, pela cena, da sua luta quase que infindável contra os botões, criando uma falsa mono celha pelo enrugar, seus cabelos levemente encaracolados, enquanto suas nádegas para fora perfeitamente redondas e pequenas.

VegasPete - Le Gambetto Onde histórias criam vida. Descubra agora