Bobo da Corte

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Me ajoelho diante dos meus lindos carpas, desmiolado os pães ainda frescos em minhas mãos, para alimentar os mais novos membros da família, já que a Sebastian e Elisabeth duraram apenas um ano, finalmente falecido

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Me ajoelho diante dos meus lindos carpas, desmiolado os pães ainda frescos em minhas mãos, para alimentar os mais novos membros da família, já que a Sebastian e Elisabeth duraram apenas um ano, finalmente falecido. Pra falar a verdade, até que duraram.

Agora tenho os meus mais novos bebês, Rose e Jack. Em meu sobretudo vermelho intenso, arrasa corações e coturno rosa choque intenso.

- Ah! Vocês ainda estão vivos, meus lindos? - Digo em surpresa, mas os passos atrás de mim me fazem levantar abruptamente me deparando com o bastardo sadomasoquista.

Vegas... arg - Nojo.

- É incrível como você ainda mantém o personagem, bobo da corte. Leva as dicas ao pé da letra - Vegas, dizia recostado na oliveira atrás de mim, segurando Veneci em seu colo. Provavelmente veio buscar Veneci.

- SAÍ DAQUI AGORA. SAÍ, SAÍ, SAÍ... GUARDAS, PAPA - Berro aos quatro ventos, a procura de um príncipe que ele salvasse contra esse dragão guaxinim caquético.

- Meu pai já morreu, não precisa mais fingir ou guardar rancor do que eu não tenho culpa - Sua prepotência cheia de serenidade é tão irritante que me faz querer jogá-lo nessa fonte de carpas.

- Você tem culpa de tudo, seu monstrengo, agora saia - Digo jogando o resto pão em minhas mãos contra Vegas.

- Realmente, todo rei precisa de um bobo da corte - Diz em súbito, me engatilhado lembranças indesejadas do dia mais traumático da minha vida - Eu não tenho culpa dos atos do meu pai, inclusive, de nada por tudo - Vegas e sua prepotência irritante, saem finalmente das minhas vistas... até mesmo perdi o interesse de alimentar meu bebês.

Coitadinhos.

- Uma vez intruso, sempre intruso. Uma vez inconveniente... Sempre inconveniente.

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- Fale como se eu pudesse fugir. Não tem como fugir do meu pai, não existe a escolha de não pegar o anel de prata, não quero... então me mata de uma vez, pois é a única escolha na qual tenho poder sobre - Me desafogo em prantos, sem o sabor e a sensação de ser livre como bem entende, sem as responsabilidades designadas que toda prisão que aquele anel traz, não querendo assumir o lugar de seu pai.
- Na verdade, tem como você não pegar o anel, sim - Digo esperançoso, o turbilhão de pensamentos como vaga-lumes que pareiam por minha mente.
- NÃO TEM COMO - Berro já tomado por vencido, desesperançoso, desesperado...
- TEM COMO... Seja você Thankhun, seja você e um pouco mais... Seja o bobo da corte entre a guerra de reinos.

E foi assim que o monstro em salvou, mesmo que o ódio por ele seja bem maior, tão intenso que perdurou até os dias atuais, eu sabia do monstro que Vegas estava se tornando mesmo não querendo, era o modo de sobrevivência criado para enfrentar e lidar com o verdadeiro monstro... seu pai. Então apenas me preparei, sabendo do único resultado do seus atos, mesmo desrespeitando seu pai ao me salvar.

VegasPete - Le Gambetto Onde histórias criam vida. Descubra agora