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Capítulo indicando para maiores de +16 anos, pois este capítulo contém cena de tortura e explícita e suicídio

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Capítulo indicando para maiores de +16 anos, pois este capítulo contém cena de tortura e explícita e suicídio.

Uma carta, uma camélia, dois reis.

Quem é o inconsequente surtado com tempo de sobra para achar que eu tenho tempo para brincadeiras. Sabe muito. Sabe demais.

Fotos e folhas soltas ocupavam espaço sobre a caixa, enquanto mais pasta preenchiam espaço.

Minha mente sendo invadida por ondas confusas de saúde, dúvidas, amarrando meu miocárdio em um nó quase impossível de desatar, me causando uma queimação de ânsia no estômago, que se finda quando trago do cigarro que havia por acender entre meus dedos, preenchendo o vácuo da minha mente.

As janelas retangulares de vidros quadriculados espaçadas pelas paredes brancas, trancafiando pessoas pelas grades envolto pelo gesso alvo, enluvando tudo ao redor.

Agora percebi porque a imagem de rebelado da família cai tão bem em mim. Doutrinaram seus ensinamentos e imagens, mas não me ensinaram a não questionar, não me amansaram, agora estou aqui, questionando pronto para atacar.

Não que eu desejasse esse título, mas a proporção do ódio que meu pai sentia por mim, e eu sentia pela sua inveja me restando o único papel que me foi designado. O invejoso que nunca teve uma emancipação para viver como queria, então assim popularizou a imagem de um vilão mal. Na real sou um vilão, mas não mal. O que há de errado em cumprir o que me foi designado desde a existência? Queria admiração então pronto.

Eu estou aqui.

Se ele não me vê como o ser monstruosamente maligno, é porque eu não sou um monstro tão mal assim.

Corre a possibilidade dele não me ver mais como um vilão bom? Mesmo sendo o certo a se fazer?

Procedo por pegar a primeira pasta em meu campo de visão, preenchendo o campo temporal de ódio ao presenciar a imagem de minha mãe ao lado do senhor Korn, presa com uma louca, camisa de força atando seus braços enquanto os outros esboçam um sorriso genuíno. Meu pai já por sua vez mantinha uma expressão neutra, mas o mais surpreendente.

O homem alvo, plácido com seus cabelos caramelizados a um tom loiro e cobradas, o que parece natural, ainda na sua juventude, mais novo que eu, o que fato agora, o mesmo recepcionista.

Internação conduzida por obrigatoriedade de Korn Theerapanyakul, protegidas e confidenciadas por proteção de imagem e sigilo da paciente Ida Theerapanyakul.

Alucinações agudas, falsos cenários de acontecimentos, uso de narcóticos, perda de memórias recorrentes.

Mattia Ricci.

— Sim?... Desculpa, mas como o senhor sabe o meu nome? Ah, o cartão de identificação — Sorri ingenuamente, uma falsa felicidade.

— E por que não está na recepção? — Levanto, rondando seu corpo, com força aplicada por um triz o nariz do garoto, socando sua nuca, apenas recebendo seu corpo desmaiado em meus braços.

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