COMO DEVERIA SER
Aprenda Daemi.
A procura de verdades não ditas, omitidas, escondidas, invertidas por Gun e muitos ao redor, sendo o grande divisor de água em sua vida.
Mesmo após a morte a dor caótica, sinuosa, de forma pungente articulando seus p...
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- Vovô? Realmente espera que eu vá acreditar nessa baboseiras, você é mais burro do que o Porsche, moleque? Que porra é essa, pirralho - Sinto um pulsar de ódio crescente escorrendo como lava por minhas veias, não sei porque, nem ao menos como isso possa estar me afetando de tal forma, mas está me causando... medo? Isso incomoda os meus demônios, o medo e a raiva os acordam, não quero que vejam os meus demônios.
Medo? Não, dúvidas com certeza, dúvidas me causam medo.
Sempre fui amante de respostas, da certeza enquanto Pete era uma incógnita na minha vida, certamente. Ele é meu maior medo.
Minhas mãos no colarinho em trapilhos sujo pela poeira que permeia o ar de Bangkok, quase o tirando do chão, seus olhar ainda neutro, não esboçava... Nada, despreocupado com aorte certa, sem a presença do Pete, apenas o Kim, nada para impedir, mas porra... Vai tomar no...
- Eu não tenho avô, não tenho porra nenhuma - Pestanejo ríspido, tomado por um furor abrasante que... é só uma facada. Ele está me fazendo ter dúvidas.
Os meus demônios... Eles estão gritando na minha cabeça.
- Tem sim e eu vou te levar até ele, estão te esperando, está atrasando - Um sorriso sínico surge em seus lábios me fazendo queimar ainda mais. O soco mudo ecoa pelos cantos enquanto o sangue jorra de sua boca, respingando pelo chão álgido. Sinto uma mão em meu ombro, Kim.
- Vegas, chega! - Kim me puxa para seu lado, andando em direção ao pirralho.
Isso não pode estar acontecendo de novo, eles não podem sair, é apenas uma criança, porra.
- Anda logo garoto, chega de joguinhos mentais, nenhum de nós vai ter piedade de você, eu não vou fazer nada com você, mas não vou impedir que aconteça - Sinto seu olhar queimar minha nuca - Então melhor para todos nós que você fale sem charadas, disse que estou atrasado, então não há tempo para desvendar - Um sorriso ladino se forma em meu rosto.
- Não me admira que seja o mais burro da família do seu pai, o mais bruto sempre será o mais burro, é um ditado, não é? Não me admira que não pense na família de Ida, já que a matou, nascendo um assassino - sinto um choque pelo meu corpo ao toque das suas, desvencilhando das minhas mãos agarradas em sua roupa - Você tem 15 segundos até o Pete estar com uma bala entalada na crânio, compreendeu seu psicopata de merda... Viu sem charada, para até mesmo um lerdinho entender - Esclarece por fim, me fazendo desejar fincar minhas mãos em seu pescoço, vendo vantagem enquanto está de costas para mim, almejando despedaçar sua carne nas minhas mãos, desfigurá-lo, ver seus olhos pequenos se tornarem opacos pela morte e ainda querer mais.
Eu sou a porra de um monstro, eu sou meu maior demônio. É a porra de uma criança.
- E o que eu tenho a ver com isso? - Kim Interpelo, ondulando seu olhar.
- Respostas.
- Mas... - Antes mesmo que Kim terminasse um homem que julgo ser capanga, sai de um dos carros interrompendo o emo trevoso, nos chamando a atenção, Yim é o primeiro a partir caminho saltitante, nos despertando estranheza.
