O1. chapter

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ZOE MCANNEpoint of view

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ZOE MCANNE
point of view

Minha cabeça está latejando de dor, penso na possibilidade de um caminhão ter passado diversas vezes sobre meu corpo, dói em todos os lugares, em meu pescoço, uma torcicolo terrível

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Minha cabeça está latejando de dor, penso na possibilidade de um caminhão ter passado diversas vezes sobre meu corpo, dói em todos os lugares, em meu pescoço, uma torcicolo terrível. Os borrões da noite anterior fazem uma onda de vergonha me atingir, passei dos limites, devo confessar, o streaptease é o que mais foi de recordar. A bebida não é pra mim, concluo. Como concluí das últimas milhões de vezes.
Desço as escadas lentamente, desviando de toda a sujeira, copos, vômitos, até camisinha. Cogito gorfar quando o cheiro horrível sobe em minha narinas, respiro fundo. Minha boca está seca, minha cabeça pesada sobre meu pescoço. Não costumo beber tanto, eu costumava, até me ver em um limbo vicioso que de nenhuma maneira queria entrar.
Sinto um incômodo em meu pulso pela primeira vez desde que acordei, está coçando, ardendo, como se estivesse arranhado em algum lugar, O que pode ter realmente acontecido.
Arregaço as mangas a fim de averiguar. Minha pressão está abaixando tão rápido que me apoio na parede, mas que porra é essa?

Minha lingua se enrola quando tento dizer a Avani pela milésima vez a mesma coisa:
— Uma tatuagem aqui! - aponto pro braço, rio para sua expressão brava.
— Nem fudendo.
— Cooper pode preparar a tinta preta.
— Não pode não.
— Vai a merda Vani, é bem pequeque - faço um sinal com o dedo indicador e o dedão, completo — pequetita.
A confusão de Noriega me faz rir, tudo é qualquer coisa me faz rir agora, estou tão feliz. A moreninha, uma das minha melhores amigas, Avani Gregg dá de ombros, parecendo cansada de tentar me impedir diz.
— Ah tanto faz!
Porém, antes que ela se vá, exclama num tom de aviso:
— Amanhã não reclama comigo, avisada?
Balanço a cabeça em afirmação, estou feliz demais pra me sentir intimidada.
— Então gatinha, o que vai querer ta-
— Vinnie Hacker - o interrompo — Bem aqui.
Aponto pro meu pulso nu, ele me olha com um pouco de cautela entretanto seu trabalho começa já. Não me importo com a dor, muito menos com ele nunca ter feito isso com qualquer outra pessoa. Meu rosto guarda um sorriso de orelha a orelha.

Bato forte em meu rosto, sou extremamente patética, mais do que ninguém sou um poço de burrice. Em minha garganta está se formando um nó. Quero muito chorar.
Vou até a cozinha bebendo água da torneira e esfregando minha tatuagem na água, o desespero me atinge quando percebo que ela não saí. De alguma forma tinha me iludido que ela poderia sair.
Agora lágrimas caem por minhas bochechas, estou chorando de raiva, desejando não ser tola, como todas as vezes o álcool me faz ser.
Me encosto no balcão, respirando fundo, tento manter minha sanidade em um vidrinho intacto. Tudo certo, um pouco de base e tá tudo tranquilo.
Okay!
Tudo bem.
Tudo certo.
Que beleza.
— Uma moça bonita dessas chorando - uma voz masculina sibila atrás de mim.
Sei quem é, porém estou congelada para virar e o encarar.
— Aconteceu algo?
Seu nome está cravado em minha pele agora, mas não quer dizer que eu tenha coragem pra dizer isso em voz alta. Sua voz é doce, parte meu coração ignora-lo.
— Hm — ele está dando a volta na ilha da cozinha, ainda estou estática quando ela cutuca meu braço — Ei, estou indo tomar café, você pode ficar aqui chorando em uma casa fedorenta com drogados aos sete cantos ou vir comigo e me explicar o que aconteceu.
Meu interior está se despedaçando. Hacker está ao meu lado, me convidando para tomar café como se fossemos próximos, como se importasse com meu choro. Ele não se importa.
De qualquer maneira, estou com fome.

09/12/21 - reescrevendo aos pouquinhos (não estranhem

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09/12/21 - reescrevendo aos pouquinhos (não estranhem

crush tatto, vinnie hacker ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora