Eu estava presa em promessas e sentimentos que me sufocavam e me torturavam.
Quando eu encontrava a luz, a escuridão me puxava de volta para algo que não me deixava ser feliz, e de novo sem perceber eu estava presa em algo tóxico.
Até que a minha v...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A noite estava fria e estrelada, o carro de Thomas está quentinho e super confortável.
Olhando pelo vidro do carro vejo a noite nublada, algo que me remete tristeza.
A escuridão sem graça, deixa aflito aqueles que já estão com um cansaço emocional intenso, a minha mente gira sem parar em volta de dois opostos, Dylan e Thomas.
Passaria mais um bom tempo aqui, com a cabeça encostada no vidro, olhando para o além e escutando Thomas cantarolar e batucar com os dedos no volante a música que toca baixinho no carro. Só pelo simples fato de que aqui, ao lado dele, tudo é calmo e confortável.
E Dylan, me faz pensar e muito e o pior é que eu não penso em coisas boas.
— Mia? Mia? — Thomas estala os dedos na frente dos meus olhos. — Terra chamando Mia!
Volto a olhar das minhas mãos para a janela e em frente a minha casa, vejo alguém jogado na minha varanda, eu conheço essa silhueta, só não sei decifrar de quem é.
— Tá tudo bem, Mia! — ele sussurra e segura a minha mão com delicadeza, fazendo um carinho de leve no dorso. — sempre que você precisar eu estarei aqui.
— Boa noite! — Dou um beijo em sua bochecha e ele pisca para mim.
— Mia? — antes de sair do carro, me viro de novo e encaro seu belo rosto.
— O que foi? — ele me olha com pesar.
— Por favor, fique longe do Dylan, ele não te faz bem. — ele balança a cabeça positivamente esperando a minha resposta.
— Tudo bem, eu...— solto todo o ar que tinha em meus pulmões. — eu vou tentar.
Saio e vejo o carro de Thomas virar a rua, logo eu me aproximo da varanda.
Sinto o meu corpo tremer, as minhas pernas arrepiarem e a minha barriga revirar.
Quando eu vejo que Dylan está sentado na minha varanda, abraçado em uma garrafa de vodca e com um buquê de flores vermelhas em seu colo, as minhas preferidas.
Me aproximo, em passos lentos e ele levanta em um pulo, arruma as suas roupas e o seu cabelo.
Dylan tenta se equilibrar, mas o efeito da bebida faz com que ele tenha que se apoiar na parede.
— Trouxe para você! — ele estende o buquê na minha direção. — Pega Mia, é para você, a flor que você mais gosta.
— Obrigada Dylan, mas eu não posso aceitar!
Vejo os olhos de Dylan lacrimejarem e o seu corpo tremer, logo ele está chorando sem parar e eu sinto meu coração sendo esmagado de lástima.
— Mia, eu quero te reconquistar, por favor. — ele me olha e me entrega as flores, dessa vez eu aceito e abraço-as, sentindo o cheirinho agradável.
