O dia passou voando, depois do almoço dei uma volta no quarteirão com Dylan, só para nós não ficarmos muito tempo trancados em casa, fomos à casa dele buscar uma roupa para a festa, para compensar a semana sem graça que tive sem o meu namorado, ele vai dormir aqui em casa comigo e depois nós vamos para festa do Zack sábado a noite.
Charlotte disse que viria me maquiar e me ajudar com a roupa caso eu estivesse em dúvida entre usar um vestido ou uma saia de couro com cropped, isso foi exatamente o que ela falou e ela ainda teve a ousadia de me dizer que eu não levo o mínimo jeito para maquiagem; tudo bem, talvez ela esteja certa.
No momento eu estou saindo do banho, ainda no banheiro coloquei um pijama de cetim, passei um perfume, e fui para o quarto, o meu cabelo continua enrolado na toalha, a preguiça sempre fala mais forte pentear e secar, tudo na mesma hora, o braço começa a doer e se torna algo torturante.
— Credo a sua mãe deve pagar um horror de conta de água, 30 minutos no banho é tempo demais. — ele ri dá minha cara, arqueio as sobrancelhas tentando achar alguma graça nas palavras dele, repasso-as na minha mente e não encontro nada que seja engraçado.
Dylan está sentado na minha cama, encostado na parede sem camiseta, ele trocou a calça jeans por uma bermuda de dormir. Não está nem um pouco calor para dormir de bermuda e principalmente sem camiseta. A vantagem de dormir aqui em casa é que meus pais têm muito frio durante a noite e o aquecedor da casa fica ligado durante esse período, ou seja, ele não vai passar frio e Dylan sabe muito bem disso.
— É um tempinho considerável, depois disso a água do chuveiro fica gelada, então esse é o tempo máximo de banho e está ótimo para mim.
Pego a escova de cabelo, tiro a toalha e começo a pentear o cabelo em frente ao espelho, Dylan não fala comigo e o silêncio é constrangedor. Ele provavelmente foi diagnosticado com transtorno bipolar e nunca me contou, Dylan muda de humor constantemente, uma hora está rindo e na outra de cara fechada.
— Vamos mesmo a festa amanhã? — olho para Dylan pelo espelho, tentando quebrar o silêncio, agora ele está jogando o controle da televisão para o alto e pegando no ar.
— Vamos sim! O que eu falei na frente da Charlotte e do namoradinho dela, não foi em vão. — ele coloca o controle em cima da mesinha de cabeceira e vem até mim, ai está mais uma mudança de humor.
Dylan me abraça por trás e distribui beijos por todo o meu pescoço, eu deito a cabeça para o lado encostado em seu ombro, ele senta na cama e me puxa para sentar em seu colo.
— Por que você supôs que o que eu tinha dito hoje mais cedo era mentira? — ele mexe no meu cabelo e desliza o dedo pela minha mandíbula.
— Sei lá, talvez fosse só para Charlotte não ficar te incomodando por muito tempo, porque você sabe que quando ela cisma com algo é mais fácil tirar a cabeça do que a ideia que ela está cismada. — dou uma risadinha e mexo nos cabelos de Dylan, ele pega uma das minhas mãos e dá um beijo no dorso dela.
— É meu amor, eu sei. — Dylan continua segurando a minha mão próxima ao seu peito e não desfaz o nosso contato visual, eu avanço e o beijo segurando seu pescoço, Dylan com uma mão ele segura a minha bunda e com a outra a minha cintura, usando mais força do que de costume, as vezes acho que ele quer deixar marcas de propósito pelo meu corpo.
Ele desfaz o beijo e passa a beijar o meu pescoço com mais força, chegando na parte de trás da minha orelha ele dá um chupão que chega a doer e com certeza vai ficar uma marca bem forte, nesse momento eu tenho certeza de que ele quer deixar marcas em mim, mas isso me incomoda, apesar de nós namorarmos, odeio o simples fato dele ser possessivo ao ponto de deixar marcas em mim, para comprovar que eu sou totalmente dele.
— Você não tem vontade? Eu não sei, de nós nos conectarmos mais?
— Eu não sei se eu consigo, não sei se eu tô pronta.
— Nós podemos tentar? Hein? O que você acha? Namoramos a 2 anos e nunca passamos de beijos e alguns amassos.
— Tá meu amor, nós podemos tentar, talvez eu esteja pronta e eu ainda não saiba disso. — dou um sorriso, enquanto passo a mão em seu rosto e no seu cabelo, ele me encara com um sorriso que eu não sei desvendar se é de felicidade ou de malícia.
Ai meu Deus, eu realmente não sei se estou pronta para isso, credo 17 anos na cara e eu tenho medo de fazer sexo. Não sei se o que eu sinto é medo, todas as meninas dizem que dói e sangra, não me sinto totalmente pronta para isso.
Eu prendo as minhas pernas em torno de sua cintura, ele me segura pela bunda e me joga na cama. Dylan deita por cima de mim e começa a dar beijos molhados pelo meu pescoço, tirando a minha bermuda de pijama e a jogando long. Beijando o meu pescoço, ele vai descendo até a minha barriga, ele puxa a lateral da minha calcinha e solta fazendo-a estalar contra a minha pele.
— Dylan!- eu o chamo, para ele parar e me olhar, mas ele não para de beijar o meu corpo, eu não consigo relaxar e nem aproveitar o momento dá forma que ele deve ser aproveitado.
— Dylan, olha para mim. — puxo ele pelo cabelo para que olhe em meus olhos.
— O que foi meu amor? Tá gostoso, é? — ele me olha e eu nego com a cabeça.
Eu começo a chorar como uma criança. Me sinto pressionada a fazer algo que eu não estou pronta para fazer, não estou relaxada, eu definitivamente não estou pronta mentalmente e nem fisicamente para transar. Não fiquei com tesão e nem um pouco excitada, fazer sexo dessa forma é praticamente impossível.
Dylan passa o polegar limpando as lágrimas que escorrem pelo meu rosto.
— O que foi meu amor? Fala comigo. — Dylan me olha com cara de preocupado.
— Dy... Dylan, e... eu não tô pronta para isso, eu não consigo.
— Porra Mia, de novo? Isso nunca vai rolar? Você vai se fazer de louca e desistir até quando? — Ele muda a sua cara de preocupado para irritado, ai está o que eu havia pensado, ele com certeza deve ter transtorno bipolar.
— Dylan, eu não tô pronta, nem excitada eu fiquei.
Dylan chegou perto de mim, me puxando pelo braço para que eu me levantasse da cama, ele me segura pela cintura, coloca uma das mãos dentro da minha calcinha e eu sinto nojo dele, da mesma forma que eu senti hoje quando ele me xingou por contar o que aconteceu para mamãe. Ele me levantou da cama para fiscalizar se eu tinha ficado excitada, O quão nojento ele pode ter se tornado de uma hora para outra? Ele não é mais a mesma pessoa que eu conheci.
— Ai meu amor, me desculpa. Eu não devia ter te pressionado, você podia ter me falado que não estava pronta. — ele me abraça, passando a mão pelo meu cabelo e depositando beijinhos pela minha cabeça.
— Você pode sempre me contar como esta se sentindo, eu nunca te pressionei, não vai ser agora que isso vai acontecer meu amor.
— Tudo bem Dylan. — não consigo chamar ele de amor, eu senti muito nojo, se eu pudesse mandar ele embora, faria isso agora mesmo. Dylan é a única pessoa que está sempre do meu lado para tudo, eu jamais posso brigar com ele, amanhã todo o nojo que eu senti dele deve ir embora, eu acho.
— Vamos deitar e assistir um filme então? Hein, meu amor? — Dylan segura as minhas duas mãos olhando nos meus olhos.
Eu assinto com a cabeça e me deito longe dele na cama. Dylan deita ao meu lado, me puxando para que eu descanse a minha cabeça em seu peito e ele fica fazendo cafuné no meu cabelo.
Um filme qualquer passa em um canal qualquer da televisão, digo qualquer porque me senti abalada e sem vontade nenhuma de prestar atenção no que acontece a minha volta, a última coisa que chamou a minha atenção naquela noite foi a chuva batendo na janela, logo depois eu adormeci.
•••
Será que agora a nossa querida Mia percebeu que o seu namorado não é tão maravilhoso quanto ela pensava que era?Acho que as coisas vão tomar um rumo diferente daqui para frente. Mas para descobrir isso, só lendo o livro.
Acho que esse capítulo não ficou tão bom como poderia ter ficado, me perdoem, eu prometo melhorar...
Gostaria da opinião de vocês quanto ao livro. O que vocês estão achando?
Gostariam que eu colocasse fotos ou até gifs, mostrando alguma cena que acontecem no capítulo?
Vota aí e até o próximo capítulo... <3
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You are toxic
Teen FictionEu estava presa em promessas e sentimentos que me sufocavam e me torturavam. Quando eu encontrava a luz, a escuridão me puxava de volta para algo que não me deixava ser feliz, e de novo sem perceber eu estava presa em algo tóxico. Até que a minha v...