A Cabana ♤Disponível Por Tempo Determinado ♤

Capítulo 14-O amor nos faz cometer loucuras

"Eles não conhecem o medo e
Não possuem piedade.
Em sua percepção destorcida existe um único desejo:
Matar.
Essas são pessoas,
Com mentes
Diabólicas"

-Freak TV

América

-Por que estam fazendo isso comigo?_perguntei chorosa sentada perto da porta.

-Fazendo o quê?_questionou.

-Isso é cárcere privado!

-Não,isso é pra sua proteção!

-Quem pensam que são?Eu deveria estar protegida de vocês_limpei as lágrimas com a blusa de manga comprida,ele ainda continuava deitado.

-Eu sei o que é melhor pra você porquê te amo!_levantou vindo até mim.

Como podia falar de amor se estava mantando a mim e a minha liberdade.

-ISSO NÃO É AMOR!O AMOR É PURO E BONDOSO_disse e ele riu de mim.

Colocou suas enormes mãos em meu rosto-Não minha querida,o amor é frio, possessivo e egoísta!_falava a centímetros,conseguindo sentir o vapor quente saindo por sua boca.

-Como pode me amar? Nós nem nos conhecemos_mais lágrimas saltavam de meus olhos,e ele limpava,uma por uma.

-Eu conheço o suficiente_se reergueu-É uma coisa inexplicável.Sua voz,seu cheiro, você...Não sai da minha mente..._vi quando,ao olhar pra mim,suas pupilas dilatam,cobrindo quase por inteiro suas íris azuis.

-Isso é loucura!

-O amor nos faz cometer loucuras!_exasperou-se.

-Mas eu não sinto o mesmo por você.

Ele se aproximou,agarrou minhas mãos e me levantou-Não importa,eu só preciso de você aqui,eu preciso te sentir..._por reflexo,tentei me afastar mas a porta impediu qualquer passo.

Me expremeu contra ela e encaixou seu rosto em meu pescoço,aspirou profundamente,passou as mãos em meus cabelos e deu um beijo em minha testa.

-Por favor,vamos nos deitar_pediu firmimente e fiquei com medo de recusar e recuar.

Me levou de mãos dadas até a cama e nos deitamos.

-Por favor Cristopher não faça nada comigo_sussurrei.

Ele chegou mais perto-Eu nunca faria nada contra você América_parecia bravo pelo que havia dito,seus olhos estavam nebulosos-Eu sempre irei te proteger!

-Me proteje de você?

-Te protejo até de mim se for necessário_falava sério,mas eu não conseguia confiar,porque palavras o vento leva-Eu te prometo.

Meu corpo aos poucos foi relaxando quando o sono aí tomando conta,tentei lutar pra não dormir e até levantar,mas Cristopher me abraçava como se fosse escapar a qualquer momento.Torcia para que,quando acordasse tudo não passasse de um terrível pesadelo.

,,,,

Acordei pela manhã com o Sol entrando pela janela.Levantei e não havia sinais de Cristopher,a porta estava aberta.Fui até o banheiro que ficava na primeira porta do carregador,tomei banho e como não tinha nenhuma roupa limpa peguei só uma camisa dele e vesti.

Desci e os três estavam tomando café,dois deles uniformizados e Antônio vestindo pijama.

-Bom dia_falaram quando entrei na cozinha,ignorei suas presenças, principalmente John.

-O gato comeu sua língua garota?_cutucou Antônio.

Revirei meus olhos e continuei a comer algumas torradas-Ui,levei um vácuo_sorriu e colocou a mão no coração em deboche.

-A partir de hoje um de nós sempre ficará contigo até voltarmos do trabalho,pra cuidar de você_disse Cristopher e continuei indiferente.

-Cadê sua educação?_perguntou John.

-Enfiei no meu cu junto com a nossa amizade_respondi grossa.

Nunca o via visto tão feroz como agora.Seus olhos se escureceram mais ainda e seus punhos se cerraram.A qualquer momento achei que ele iria me atacar,mas em segundos se recompôs.

-Se quiser tiro daí à pauladas_comentou Antônio com fogo nos olhos,em defesa do amigo.

-Se continuar assim, não ganhará nada de nós_pronunciou Cristopher de braços cruzados.

-Eu não quero nada de vocês!!!_levantei estupefata,me virei e saí da cozinha.

-Você está sem calcinha?_perguntou o mais velho indignado.

Me virei rapidamente-NÃO_estava corando violentamente.

-A blusa de Cris não é capaz de cobrir totalmente esse tamanho de raba_revolou o loiro rouco.

-Já estava usando a mesma a dias!Fora que é bom pra ela sentir novos ares.

Quando eles iriam contestar ouve-se batidas na porta:

-Deixa que eu atendo_respondi.

Quase perto da porta, Antônio me agarrou e tampou minha boca.

-Onde pensa que vai assim?_sussurrou em meu ouvido.

-POLÍCIA CIVIL,TENHO ALGUMAS PERGUNTAS_disse uma voz masculina atrás da porta.