Peculiar, incomparável e um tanto quanto excêntrico. Talvez essas palavras consigam definir Thimoty Baker.
Luíza Rocha por um capricho do destino, entra na vida do chefe bonitão de maneira inesperada, e assim o destino dos dois mudaria para sempre.
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- Bom dia, Sra. Baker. - Cody o piloto do avião diz me cumprimentando.
- Bom dia. O tempo está um pouco nublado, isso vai afetar em algo? - Pergunto olhando o céu.
Acabo de chegar no aeroporto e vou embarcar em alguns minutos, por sorte vou no avião da empresa, ou melhor no meu avião e do meu irmão Thimoty. Usamos o avião particular sempre que necessário.
- Não Senhora. Vamos voar baixo, em 30 minutos no máximo chegamos na Pensilvânia. - Cody diz e o agradeço.
Entro para dentro do avião e começo a me preparar psicologicamente, pois conviver com Thimoty não é nada fácil.
A última vez que falei com o meu irmão a semanas atrás brigamos feio, afinal Thimoty pegou uma mania irritante de berrar e agir feito um louco, coisa que nunca aprovei. Na realidade ele começou a agir assim depois que nosso pai faleceu.
Enquanto meu pai era vivo conseguia controlar melhor Thimoty, mas depois que meu pai se foi a coisa saiu de controle.
Thimoty sofre com a Síndrome de Aspenger, quando ele era criança a síndrome o afetava muito, mas ele virou adulto e alguns sintomas da síndrome ficaram no passado, em compensação outros apareceram.
Meu pai sempre explicou que tínhamos que ter paciência com Thimoty, pois por conta da síndrome ele tinha atitudes constrangedoras e extremas sem entender no efeito que aquilo causaria. Muitas vezes ele agia na inocência e acaba se prejudicando. Thimoty sofreu muito bullying e hoje com 26 anos ele só tem a mim e seus livros.
Thimoty nunca namorou e entendo que ele nunca vai encontrar alguém com paciência o suficiente para entender suas manias.
Não, eu não sou maldosa, amo Thimoty por mais que ele me irrite ao extremo, mas sei que seria um milagre ele encontrar uma mulher com paciência para aceitar todas as suas manias e todos os seus exageros.
Por conta disso decidi unificar a empresa na Pensilvânia, assim vou poder ficar perto e manter um olho em Thimoty, quando envelhecermos vou cuidar dele.
Se tive momentos bons com Thimoty? Sim, muitos. Mas muitas vezes era desgastante, ainda mais por conta dele ser fofoqueiro, ou melhor ele via as coisas e ia falar para o meu pai achando que não era nada de mais, e então eu tomava bronca.
Certa vez Thimoty me viu chegando da farmácia, eu deixei o pacote cair no chão e tinha comprado camisinhas, pois sempre carrego umas comigo, eu tinha uns 20 anos na época e para o meu pai eu nunca tinha transado, sendo que perdi minha virgindade aos 16 anos com um namorado de escola. Thimoty viu tudo cair no chão e ficou calado, mas na hora do jantar ele disse de uma maneira super natural.
"Papai a Emily comprou preservativos, ela vai se casar? Comprou para usar com o marido? Eu ainda não fui apresentado ao pretendente dela."
Na hora meu pai ficou puto e me deu um sermão absurdo, pois segundo meu pai eu deveria me guardar para alguém especial.
