Father's Talk

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— Eu já tenho quase a certeza de que eu não estou engordando apenas por conta desse bebê e sim porque você faz esses pequenos pedaços de céu todos os dias! — Alec comentou, não tendo piedade ao esfaquear a massa doce e ainda quente do waffle em seu prato, Magnus sempre fazia a massa do zero… Magnus era perfeito e ninguém poderia mudar isso. Magnus era uma divindade e o namorado perfeito e que o alimentava muito bem!

— Calma Alexander, a comida não vai pular do prato e correr de você! — Magnus comentou com diversão, sentado no banco ao lado do seu, um sorriso bobo brincando em seus lábios. — E você, gordo ou não, ainda continua bonito… a única diferença é que há mais de você para abraçar.

— Você… droga, pare de ser assim! — Alec choramingou, se esforçando para engolir o pedaço de waffle que estava na boca.

— Assim como? — Magnus ergueu uma sobrancelha, recebendo um revirar dos olhos do namorado, que também sorria.

— Fofo e romântico, assim fica difícil não beijar você todo o tempo! — Alec reclamou, como se fosse motivo o suficiente e Magnus realmente não resistiu, invadindo o espaço do mais novo para roubar um beijos dos lábios doces.— Magnus!

— Não precisa ser dificil. — Magnus provocou, deixando outro selar, Alec, apesar dos protestos, não fazendo qualquer esforço para se afastar. — Basta não parar.

— Cara… você é impossível! — Alexander murmurou, abandonando os talheres a favor de agarrar a blusa de botões do mais velho, fechando os olhos e finalmente se entregando a beijo… quem precisava se alimentar?

Magnus desceu do banco para conseguir um ângulo melhor, de algum modo parando entre as pernas do moreno, que com certeza não reclamou da proximidade. Eles não saberiam dizer por quanto tempo permaneceram se beijando… mas quando se separaram novamente, porque foram interrompidos pelo som da campainha sendo tocada, seus lábios formigavam pelo beijo intenso. Magnus realmente se sentiu orgulhoso ao perceber os lábios muito mais avermelhados do seu melhor amigo e namorado, sabendo que foi ele que fez isso.

— Eu atendo a porta. — Magnus disse, deixando um último selar na boca rosada. — Acabe de comer esses “pequenos pedaços de céu” enquanto isso.

— Não seja exibido! — Alec revirou os olhos antes de lamber o lábio inferior, Magnus havia o mordido. “Hum… quem diria!”

— Palavras suas, não minhas! — O Bane retrucou ao sair da cozinha.

Alexander realmente seguiu a sugestão do namorado e continuou a comer, mesmo quando escutou Magnus cumprimentando quem quer que fosse na porta. Ele franziu o cenho com a voz familiar antes de finalmente comer o último pedaço do seu café da manhã e logo agarrar o corpo de suco para se juntar ao mais velho.

Era Ragnor.

— Ei, Ragnor, a quanto tempo! — Alexander saudou com um sorriso educado, estendendo o punho para o mais o mais velho bater… porque sim, eles literalmente se conheciam a anos e não havia como simplesmente tratar Ragnor como outra coisa além de um irmão mais velho ou um… pai? Ou quase, sinceramente, comparado com Robert, Ragnor era o melhor pai do mundo.

Pensando nisso… Ragnor realmente deveria ter filhos, Cat e ele seriam bons pais.

— Alec. — Ragnor sorriu, batendo o punho no dele. — Você cresceu, garoto.

— Foi inevitável, acredite. — Ele encolheu os ombros, procurando um lugar para sentar. — Como está a Cat?

— Ela está bem! Um pouco cansada com o trabalho… mas quem não? — Fell suspirou, meio que em resignação. — Assim como eu, já que vocês dois não param de se meter em confusão!

— Dessa vez a culpa foi do meu namorado impulsivo. — Alec acusou, olhando diretamente para o dito cujo, que estava empoleirado ao seu lado no sofá com uma falsa expressão de inocência no rosto, como se estivessem falando de qualquer outra pessoa.

— Que culpa eu tenho se o ex do meu bonito namorado é um idiota? — Magnus piscou como um gato. — Sinceramente pessoal, ele tem sorte do meu capacete ter quebrado apenas o parabrisa e não a cara dele pelo o que ele fez com a minha moto!

— E você tem sorte de me ter como advogado Magnus! — Ragnor bufou, levando uma mão entre os olhos, massageando o lugar como se orasse por paciência. — Prepare um terno para o tribunal, porque vai ser inevitável… porém, vou começar a recolher as evidências para aliviar qualquer coisa que o juiz decida, provavelmente uma multa. Você tinha o direito de estar irritado, não é o correto, mas quase matar uma pessoa ou ferir alguém no trânsito por irresponsabilidade vai pesar mais para ele do que para você.

— Bom, isso é bom. — Magnus assentiu. — De quanto estamos falando? Apenas para eu me preparar?

— Duzentos dólares? Cento e cinquenta? — O advogado deu de ombros. — Não vai passar disso. Mas Ian com certeza vai precisar pagar uma indenização para você já que ele estava com celular no trânsito.

— Humhun. — Magnus murmurou, assentindo antes de suspirar. — Bem, eu vou me arrumar para o trabalho então, você vai… não sei? Ficar?

— Eu ainda não acabei. Alec. — Ragnor virou para o mais novo na sala, que até então apenas escutava a conversa enquanto bebericava o suco de laranja. — Precisamos conversar sobre o que quer fazer em relação ao seu ex como pai desse bebê.

— Alexander? Quer que eu fique? — Magnus perguntou, olhando para seu namorado, que apenas negou levemente, sorrindo com um sorriso pequeno.

— Não, pode ir se arrumar… — Tranquilizou. — Podemos resolver isso sozinhos.

— Hum. — Magnus assentiu, se levantando. — Volto logo então… vocês… bem, façam o que tem o que fazer.

Ragnor esperou até Magnus sair para finalmente se sentar ao lado do ex Lightwood.

— Bem… eu agradeceria se Magnus não fizesse parecer que estamos fazendo coisas ilegais. — Ragnor bufou, quase relaxado, olhos verdes mirando o homem grávido ao seu lado. — Então, garoto, como você se sente em relação a tudo isso? Digo, ao seu ex?

— Quero ele longe de mim e do bebê. — Respondeu, voz baixa. — Ele é um idiota, você soube o que ele fez com Magnus… o que de bom ele poderia trazer para o meu filho? Alexander suspirou. — Eu sei que o mais sensato é conseguir a pensão dele mas, eu não quero ter qualquer ligação com ele…

— Está bem querer isso Alec. Não é errado. — O mais velho sorriu gentilmente. — Mas eu espero que saiba que isso não vai tornar as coisas mais fáceis para você.

— Eu nunca me enganei achando isso. — Alec olhou para o copo de vidro em mãos. — Mas a única coisa que Ian poderia me fornecer agora é dinheiro e dinheiro eu posso conseguir por mim mesmo… não vai ser fácil, mas não é impossível, e Magnus está me ajudando então…

— Espero que você não se apoie totalmente em Magnus. — Ragnor complementou, seu olhar parecendo mais sério. — Magnus é um homem gentil, gentil demais… não se aproveite dele, não quebre o coração dele garoto, Magnus ama você, não estrague isso.

— Ragnor, eu cresci com Magnus. — Alec abaixou o copo, sustentando o olhar do mais velho.— Você não precisa me lembrar ou mostrar que Magnus é gentil, eu sei como ele é… Eu sei que Magnus se esforça para aqueles que ama, eu sei que ele me ama e cara… cara, eu também amo ele e é por isso que vou fazer de tudo para somar e não ser um peso. Ragnor. Magnus merece coisas boas… eu posso não ser a melhor coisa na vida dele no momento, ainda por não ser apenas eu e sim um bebê, mas eu vou me reerguer e vou ajudar Magnus, vamos caminhar nisso juntos.

— Hum. — O advogado não desviou o olhar de si, expressão fechada e lábios fechados de forma rígida, como se tentasse encontrar qualquer sinal de mentira. Não, ele não encontraria, porque ele não estava mentindo. — Tudo bem. — Então… relaxou, parecendo mais aquele irmão mais velho do que um advogado que poderia foder com sua vida. — Vejo que você está totalmente nisso. Fico feliz por vocês dois, era totalmente patético a dança estranha que vocês faziam para esconder esses sentimentos… Como eu sempre digo. Antes tarde do que nunca. — Ragnor estendeu uma mão para ele, que foi prontamente aceita, Alec não foi bobo. Achar que o aviso tinha acabado. — Cuide daquele garoto, Alexander, ele merece o mundo, assim como você.

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