The Declaration

454 55 11
                                    

Magnus acordou cedo no dia seguinte, e mal conseguiu dormir direito sem ter seu cérebro revivendo a memória de ter Alexander o beijando. Isso e o fato de que ele havia descansado bem no dia anterior e agora… e esgota ele se sentia agitado.

Ele nunca ia imaginar que um dia ele e seu amado iriam se beijar… na vida real e não nos seus pensamentos.

"Mas por que ele fugiu? Porque ele simplesmente… ele estava com medo? Ou ele se arrependeu?" Pensar que Alexander se arrependeu era… muito.

Foi querendo aliviar aquele turbilhão de sentimentos que ele invadiu a cozinha para fazer algo para ambos comerem no café da manhã.

Ele decide fazer omelete e alguns waffles, cada um com o seu acompanhamento… parecia bom.

**

Alec desejava dizer que conseguiu ter uma boa noite de sono depois de beijar o homem que ele ama, mas isso iria ser mentira. Ele não dormiu tão bem assim, não quando ele sabia que havia feito merda e não poderia fugir. Ele não tinha como evitar esse encontro porque, afinal, eles moram na mesma casa agora.

Então ele decidiu jogar verde ao se sentar no banco do balcão quando chegou a cozinha, alguns waffles ainda estavam vaporosos em um prato grande, assim como omelete.

Alexander sabia que Magnus estava ignorando sua presença, preferindo se ocupar em terminar de fazer o café da manhã do que o reconhecer.

Alec entendia.

— Magnus? — Chamou, sua voz soando hesitante enquanto sua atenção estava fixa na costa do seu melhor amigo, que ainda não havia se virado para ele. — Me desculpa por ontem... E-Eu não queria ter feito isso e isso nunca mais irá se repetir. — Ele mesmo poderia reconhecer a mentira, Magnus também não acreditou nisso, ele soube quando o mais velho começou a lavar a louça em silêncio, apenas o barulho da frigideira batendo no metal da pia. — Fala alguma coisa, Mags!

Magnus desligou a torneira, sua mão pesando no registro por um momento antes de respirar fundo. Ele se sentia cansado, não fisicamente… mas emocionalmente.

— O que você quer que eu fale? — Perguntou. — Você… — Ele finalmente conseguiu reunir coragem o suficiente para olhar seu melhor amigo, olhando para eles com ombros encolhidos, olhos grandes de corça. — … Você realmente queria não ter me beijado? — Ele realmente esperava que Alec falasse alguma coisa, pelo menos… menos menos confirmasse que queria isso, mas ele não o fez e Magnus desistiu de esperar. Era muito. — Eu… eu estou me sentindo cansado, Alexander. Eu não… — Bufou. — Eu não consigo mais esconder, Alec… Alexander, eu te amo e não apenas como um amigo. — Bem, não havia como voltar atrás agora. — Eu amo você a tanto tempo. Estive com tanto medo de dar merda, de não dar certo, da nossa amizade acabar por isso…

— Magnus… — Alexander sussurrou, a voz embargada, mas Magnus não podia ajudar, ele mesmo não podia se ajudar, ele mesmo se sentia preste a chorar.

— Você não precisa retribuir meus sentimentos, mas eu precisava falar… eu precisava falar antes que eu acabasse sufocando com todos eles guardados dentro do meu peito.

Então foi aí que ele se viu de braços cheios com Alexander o abraçando. Era uma surpresa… era uma surpresa boa.

Pelo menos até ele notar que Alec chorava em seu pescoço.

— Alexander…

— Não! Espera! Eu… — Alec fungou, sem levantar a cabeça de onde se aninhou. —… Eu também te amo. Não só como amigo… como mais… como… como a pessoa mais importante para mim. Eu te amo como melhor amigo e eu te amo como namorado.

— Você… você está me pedindo em namoro? — Magnus vacilou.

— Você aceitaria se fosse? — Alec finalmente o encarou e Magnus sentiu que seu coração fosse pular do peito, Alec podia sentir o quão loucamente batia?

— Sim! — Arfou, encontrando seus rostos. — Sim, sim! Sempre sim…

— Droga Magnus. — Alec fungou, ainda chorando, mas seus lábios estendidos em um sorriso. — Eu te amo tanto, eu também quero ser seu namorado!

It's Just LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora