The Proposal

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— “Você deveria ter simplesmente saído dali, Magnus!” — Ragnor disse do outro lado da linha, Ragnor não parecia irritado, se Magnus pudesse arriscar ele poderia dizer que o mais velho estava particularmente cansado. — “Foi imprudente da sua parte, ainda mais com um engomadinho da alta sociedade.”

— Eu sei, mas ele mereceu! — Magnus respondeu com um bufo, olhando para a pilha de currículos que ele havia acabado de ler, apenas alguns sendo bons o suficiente para ele ligar para entrevistar para a vaga de atendente. — Ele falou algumas merdas para Alec… ele nem assume que engravidou Alec! Pelo amor dos anjos Ragnor, nem é assumir a criança, é só ele assumir que foi um pedaço de merda ao invés de sair por aí pondo a culpa em cima de todo mundo que não seja dele.

— "Espera, o garoto está grávido?" — Ragnor perguntou e Magnus parou de mexer nos papéis.

— Sim. — Respondeu, controlando sua expressão. — Ele é um portador, espero que você não tenha problema com isso?

— "É claro que não, garoto!" — Ragnor bufou do outro lado, como se fosse a coisa mais absurda do dia. Bem, realmente era. — "Mas, deixa eu ver se eu entendi… acho que consigo montar um cenário. Corrija-me se eu estiver errado."

— Siga em frente. — Instigou.

— "Era uma vez, o garoto Lightwood foi expulso de casa por estar grávido e foi morar com o melhor amigo, o outro pai do bebê é um playboy de família riquinha e não quer saber do bebê? Isso cobre tudo?"

— Quase tudo. — Resmungou contra vontade, desistindo dos papéis. — Os doadores de DNA, que ele chamava de pais, tiraram ele do testamento e disseram que o nome Lightwood já não tem uso para ele e que era bom ele trocar.

— "Com pessoas como essa quem precisa de inimigos." — Ragnor resmungou do outro lado. — "O garoto já tem quase vinte anos, não é? Bem, não é como se eles tivessem algum real dever com ele, não desse jeito. Mas o namorado dele precisa…"

— Ex! — Magnus corrigiu. — Ex namorado!

— "Certo, EX namorado…" — Magnus podia praticamente escutar o rolar de olhos do mais velho. — "Esse cara precisa pagar a pensão da criança caso prove que é dele."

— Alexander não quer nada desse cara. — Magnus disse, se jogando contra a cadeira, não tão confortável para seu corpo ainda dolorido, mas muito melhor do que no dia da batida.

— "Bem, não é questão de querer garoto, é uma questão de necessidade." — Ragnor apontou. — "É um bebê, Magnus, não importa o quanto você ame Alexander, nem só de amor vive uma pessoa, é preciso planejamento, é preciso dinheiro… o que posso dizer é que, se vocês precisarem de ajuda para jogar o pai da criança na justiça para pagar a pensão, eu estou aqui, mas também não vou ficar quieto olhando você tomar a responsabilidade disso sozinho!"

— Não é assim Ragnor! — Gemeu. — Foi tudo tão recente, ainda estamos nos acostumando com isso, Alexander ainda está se acostumando com isso!

— "Não quero ser grosso garoto, ou o vilão, mas Alec precisa de um emprego, pelo menos para as despesas desse bebê que está vindo, você não pode se matar para cuidar dele, de um bebê e ainda suportar dois empregos!"

— Eu sei Ragnor, mas… Alexander não pode trabalhar, ele está grávido, ele não…

— "Não seja uma maldita de um galinha cuidando de seus ovos Magnus, Alec está grávido, não inválido!" — O advogado respirou fundo. — "Olha, eu sei que você se preocupa com ele, mas se você acha que Alec precisa se distrair de toda essa situação, talvez trabalhar não seja uma ideia tão ruim."

— Eu… — Magnus olhou para os currículos na mesa. —… Eu vou pensar, eu… preciso conversar com ele.

— "Não se sobrecarregue garoto, a vida é viver, não sobreviver."

**

Magnus chegou em casa meia hora antes de seu tempo normal, encontrando um Alec carrancudo enquanto limpava algo na pia, ele podia notar os lábios do mesmo se movendo em alguns xingamentos baixos.

Como ele sabia que eram xingamentos? Sinceramente, ele ama Alec, mas o homem tinha seus momentos "dicionário de palavrões ambulantes."

"Bem… parece que algo deu errado." Pensou, se aproximando ainda mais.

— O que aconteceu aqui, querido? — Perguntou, mal tentando conter algumas risadinhas.

— Pode ir parando com essa cara! — Alexander bufou, lançando um olhar afiado em sua direção.— Eu fiz um pudim, que está na geladeira, mas ficou meio desmontado. Não ficou muito bom…

— Humhun — Magnus cantarolou desviando o caminho para a geladeira. Na primeira prateleira ele pôde encontrar uma vasilha acolhendo algo que realmente poderia ser um pudim, muito, muito desmontado, mas que ainda tinha caramelo e algumas das partes brancas e macias.— A aparência tá boa, então o gosto deve estar bom. Mas… cara, se você colocar um pouco mais de amido na hora de bater, vai ficar bom e não vai desmontar. — Dito isso, ele se apressou em pegar um pouco para comer. Não estava ruim, apenas tão doce quanto um pudim deveria ser. — Hey… Alexander. — Chamou se encostando no balcão, quase que casualmente, esperando Alec olhar para ele por cima do ombro. — Surgiu uma vaga na loja que trabalho e eu pensei em você. Tens como fazer um currículo para eu dar uma olhada?

“ Será que estou sendo um peso para ele?” Foi inevitável não pensar sobre isso, mas Alec realmente conseguiu deixar isso de lado, já que tinha planos de conseguir um emprego desde a noite passada.

— Claro que eu quero, Magnus.

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