Good Starts

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Normalmente era Alec quem dirigia o próprio carro, mas daquela vez ele ficou feliz em passar as chaves para Magnus. Ele se sentia um poço de nervosismo prestes a derreter no banco do carona por causa disso.

— Querido, vai dar tudo certo. — Magnus estendeu uma mão para pousar em sua coxa, apertando o lugar como se quisesse dizer um "Por favor, relaxe." — É apenas seu primeiro dia!

— Oh nossa, só o meu primeiro dia?! — Alec reclamou, mas mesmo assim entrelaçou seus dedos aos de Magnus antes de ambas as mãos pousarem no câmbio para trocar a marcha.

— Sim, primeiro dia, vai ficar tudo bem Alexander! — Magnus repetiu com um sorriso de canto e Alec bufou uma risada, assentindo. Sinceramente? Quem resistia a aquele sorriso? — Fora que se algo der remotamente errado eu vou estar no segundo andar cuidando de qualquer coisa que precise de mim.

— Meu namorado é tão prestativo. — Alec negou, inevitavelmente sorrindo como um garoto apaixonado. Aquela conversa, por mais boba que fosse, relaxando um pouco de suas preocupações. — Será que vou me encaixar? Magnus, você sabe que eu não sou tão bom com pessoas! O mais social de nós dois é você! Por isso você é gerente!

— Ah bem, não esqueça de stripper, eu sou bom nisso. — Magnus se exibiu, mudando a marcha outra vez. — Apenas seja você mesmo anjo… você realmente não acha que eu esqueci o fato de que você fazia os executivos das festas formais da Lightwood Company comerem na palma da sua mão, não é?

Ah bem… isso era outra situação! Todos aqueles executivos eram tão… chatos de lidar, ansiosos para agradar o herdeiro da empresa e todo esse blá blá blá desagradável que o deixava enjoado. Alexander realmente não sentia pena por abrir seu melhor sorriso e encantar eles com palavras fáceis.

Mas aquele emprego era diferente, não eram pessoas que ele conhecesse e que merecesse algumas palavras afiadas. Eram pessoas que mereciam o melhor atendimento e precisavam de sua paciência para ajudá-los.

— Tudo bem. Eu posso fazer isso.

Ele realmente conseguiu fazer isso e foi bem recebido por seus novos colegas de trabalho. Trabalhar com os clientes que entravam e saiam da loja não era algo tão difícil mas era mentalmente cansativo, mas de certo modo era bom manter a cabeça ocupada, o distraía e lhe dava algo para se ocupar.

Durante alguns intervalos ele e Magnus conversavam um pouco, tudo formalmente, era realmente fofo como Magnus tentava ser profissional ao falar com ele, como se Alec não pudesse notar o brilho apaixonado nos olhos âmbar.

Aquele brilho sempre esteve ali? Sim, claro que esteve, apenas Alexander que demorou para notar. Mas hey, ele faria de tudo para fazer valer a pena o tempo perdido.

**

— Céus, tão caro! — Magnus choramingou, deixando sua cabeça pender na cabeceira da cama enquanto ainda mantinha uma mão no cabelo macio de Alec. — Tem certeza?

— "Sinto muito cara, Maia verificou duas vezes!" — A voz feminina falou do outro lado. — " Mas sua moto é uma relíquia, não se ofenda… pararam de fabricar as peças dela a um tempo, por isso tão caro."

— Tudo bem Lily. — Ele suspirou, fechando os olhos. — Não tenho a grana agora, acho que ela pode ficar aí até eu conseguir?

— "Claro que pode Magnus, vá com calma, ok? Vou conversar com a Maia, vou ver se tem como consertamos primeiro e depois você pode pagar."

— Eu agradeceria. — Magnus concordou antes de suspirar mais uma vez. — Qualquer coisa me liga?

— "Tudo bem cara." — Lily disse do outro lado. Lily era direta às vezes, mas era simpática. Eles se conheceram por acaso na boate, ela estava com a namorada dela e acabaram conversando entre uma dança e outra. Magnus descobriu que elas eram donas de uma oficina mecânica e foi realmente coincidência que Magnus tivesse precisando de ajuda para limpar o motor de sua Harley, já que toda vez que ele fazia isso um parafuso acabava sendo sugado. — "Boa noite!"

— Tudo bem Mags? — Alec perguntou de seu lugar nas coxas, onde ele esteve apoiado para ler algum artigo no celular, Magnus apostava todas suas garrafas de suco de laranja que era algo sobre o mundo animal, Alec realmente achava interessante… Magnus realmente admitia que também se interessava, ainda mais sobre a lealdade dos pinguins e outras aves. Como cisnes. — Era da oficina, suponho?

— Sim, era Lily. — Magnus deixou o celular de lado, se rastejando para a cama até estar deitado lado a lado com seu namorado. — Minha baby pode ficar refém na oficina… as peças danificadas precisam ser trocadas! Alexander, eu juro, eu amo minha moto, mas ela é tão chata de arrumar!!

— Quanto? — O mais novo perguntou, acariciando o rosto no outro homem com o polegar, seu coração derretendo e se apaixonando um pouco mais quando o mesmo se aninhou em sua mão como um gato em busca de carinho e um toque quente. — Eu posso ajudar a pagar.

— Não precisa, eu dou um jeito. — Murmurou em resposta, semicerrando os olhos para olhar para Alec, que tinha uma expressão serena no rosto. — Pelo menos eu já tirei algumas fotos do estado como ela ficou e de mim mesmo para mandar para Ragnor.

Ambos permaneceram em silêncio por um momento, um silêncio confortável, um silêncio que fez Magnus praticamente colado a Alec, um silêncio que não era exatamente um silêncio enquanto ambos os corações batiam descompassados, quando seus lábios se encontraram e tudo parecia correto.

Não foi um beijo apressado.

Mas foi um beijo cheio de carinho, lábios macios moldando um ao outro, atenciosos, acolhedores… uma premissa de que as coisas poderiam simplesmente aquecer até ser o próprio sol. Eles ainda não haviam passado de toques exploradores, não havia pressa… cada um andando em seu próprio ritmo até que pudessem se encontrar.

Era bom. Magnus esperaria por Alexander e Magnus sabia que Alexander esperaria por ele.

It's Just LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora