A Desconhecida em Konoha

Cap46

   —O que? – Pergunta Akemi não entendendo nada.

A mulher estava com muita raiva e iria atacar novamente, mas foi surpreendida por Jiraya que parou em sua frente, bloqueando o caminho.

—Ela realmente se chama Akemi Gekko, Tsunade, e ela é minha aluna. – Diz Jiraya defendendo Akemi e acalmando um pouco Tsunade.

—Você é a Tsunade? – Diz Akemi impressionada pois achava que ela era velha.

—Sim, eu sou. Jiraya, foi você que ensinou o Rasengan para ele? – Pergunta Tsunade.

—Sim, foi eu. E eu ensinei para os dois, afinal, são meus alunos. – Comenta Jiraya – Qual o problema?

—Você sabe que só você e o Yondaime Hokage conseguem usar esse jutsu. De que adianta ensinar algo que eles jamais dominarão? – Pergunta Tsunade debochando e Akemi se segura para não falar besteira – Dando falsas esperanças para eles, achando que um idiota poderá ser Hokage um dia?

—Vou te mostrar quem é idiota, você vai ver! Me de três dias e eu vou dominar esse jutsu! – Diz Naruto com raiva e Akemi ja estava pronta para socar a cara da Tsunade mas se conteve.

—Cuidado com o que diz, garoto. Eu posso exigir que cumpra. – Comenta Tsunade.

—Eu já disse, eu nunca volto com a minha palavra! – Diz Naruto confiante. – Porque essa é minha conduta ninja!

—Então, quer fazer uma aposta? – Pergunta Tsunade – Darei uma semana a você. Se conseguir dominar o Jutsu, admitirei que estou errada e que é merecedor de se tornar Hokage, eu até lhe darei meu colar. – Diz Tsunade apontando para o colar, que Akemi olhava fixamente.

—Para mim? – Pergunta um homem de cabelos castanhos longos.

—Sim, um presente de aniversário adiantado. – A mulher de cabelos roxos sorriu para ele. – Parabéns Hashi!

Akemi reconheceu a garota, parecia ela, só que, mais velha. Ela queria andar e falar, mas não conseguia fazer nada. A Akemi mais velha entregou uma caixinha para ele, que abriu sorrindo, tirando da caixinha, o mesmo cordão que a Tsunade tinha.

—Gostou? – Pergunta ela mais velha.

—Eu amei! Muito obrigada meu amor! – Akemi viu ela mais velha corar enquanto o homem a abraçava sorrindo.

—Hashi... – Sussurra Akemi.

—O que disse? – Pergunta Tsunade.

—Eu conheço esse cordão... – Começa Akemi olhando ainda para o cordão – Ele era de Hashi, não era? – Pergunta Akemi olhando para Tsunade que olhava n para ela impressionada.

—Era assim que minha minha avó chamava meu avô. – Tsunade já estava começando a ter lágrimas nos olhos. – Como...?

—Porque não conversam uma outra hora? – Começa Naruto – Além disso eu não sou muito chegado em joias. – Diz emburrado.

—Naruto, seu tolo. Este cordão pertenceu ao Shodai Hokage, e só existem dois cordões iguais aquele no mundo. Aquela pequena pedra vale três minas de ouro e montanhas acima delas. – Diz Jiraya e Akemi percebeu Naruto amar a ideia pelo fato do dinheiro.

—Senhora, eu aceito a sua aposta. – Fala Naruto e Akemi bate em sua testa.

—Isso vai sobrar para mim, estou até vendo. – Diz Akemi sentando no chão.

—Porém. – Continua Tsunade – Se você não dominá-lo em uma semana, vai admitir que eu estou certa e eu fico com o dinheiro e o sapo. – Diz mostrando o sapo de dinheiro do Naruto que fica perdido tentando saber como ela o pegou.

—Tsunade-sama, como pode apostar o colar? – Diz a garota que só agora Akemi percebe que estava alí.

—Ele não tem chances de vencer. – Tsunade se vira para Akemi – Nossa conversa ainda não teve fim. Vamos Shizune! – E assim elas saíram dali.

Akemi não prestava mais atenção no que acontecia ao seu redor, ela via Jiraya tentando falar com ela, mas ela não o ouvia de nenhuma maneira. A única coisa que se passava em sua mente era o fato de que ela lembrava de coisas que não faziam sentido algum. Akemi acorda com um rosto bem próximo do seu, fazendo ela corar violentamente.

—Você está bem, Akemi-Chan? Está passando mal? – Pergunta Naruto preocupado – Seu rosto está muito vermelho.

—Estou bem Naruto-Kun. – Akemi passou o dedo pelo nariz dele de forma carinhosa – Vamos, depois dessa preciso descansar. – Fala empurrando de leve o rosto dele, o afastando.

Akemi se levantou e foi andando em direção a hospedaria em que eles estavam, seguida de Jiraya e Naruto, que a olhavam preocupados, mas resolveram deixar baixo o assunto.

Assim que chegou no quarto, novamente separado de Jiraya e Naruto, Akemi foi direto para sua cama, se deitando nela e fechando os olhos tentando adormecer, totalmente sem sucesso. Ela não conseguia descansar de jeito nenhum, virava de um lado para o outro, inquieta, com os pensamentos a mil na Tsunade que talvez seja sua neta e no homem de cabelos castanhos que poderia ser seu marido antigo e avô da Tsunade, o que Akemi sentia que não fazia sentido algum, mas sabia que era real. Entediada e sem sono algum, Akemi se levanta e vai até a sua mochila de viagem, retirando dali alguns papéis, um lápis e uma borracha, começando a desenhar o homem que ela chamava de Hashi, tentando lembrar do sorriso e do olhar que ele deu a ela e da forma que ele a chamou de "Amor". Depois de muito tempo desenhando, ela olha para o desenho, agora pronto, e se lembra do dia que Hiruzen morreu, relembrando que um dos dois homens que estavam atacando eles naquele dia era o homem do desenho e o outro era aquele que tinha lhe ensinado o Jutsu de Suiton, na primeira lembrança sua. A cabeça de Akemi rodava coisas que não tinham sentido algum, ela não conseguia encaixar as peças do quebra-cabeça de forma nenhuma, faltava algo que ela não sabia o que era, mas que com o tempo ela iria descobrir. Ela suspira, recostando na cadeira, totalmente nas nuvens, levantando logo em seguida e indo novamente para sua cama, deitando-se e, dessa vez, com esforço, conseguiu dormir.