Carol POV
Depois que Day vai embora eu me tranco no banheiro e deixo algumas lágrimas cair, não era pra ser assim, eu não queria que fosse assim, juro.
Pedro bate na porta e eu seco minhas lágrimas rapidamente, respiro fundo e saio do banheiro.
-Tá tudo bem? Parecia que você tava chorando. - Ele tenta me abraçar mas eu desvio.
-Tá tudo ótimo. Como não estaria? Por que não estaria? - Digo brava e vou caminhando até a área, me sento em um banco.
-Calma estressadinha, tava só perguntando. - Ele senta do meu lado.
-Sua mãe falou que eu posso dormir aqui, tenho uma bermuda no carro, acho que você não vai se incomodar se eu dormir sem blusa.-Pedro, vai embora. - Ele fica me encarando. -Sério, por favor, a noite de hoje já teve muitos acontecimentos, minha cabeça está a mil, eu só quero ficar sozinha e por meus pensamentos no lugar.
-Tudo culpa da sua amiga estranha, parece até que ela fez tudo isso pra atrapalhar a gente, esse ciúmes pode ser tóxico, Carol, presta atenção.
-Não chama a Day de estranha, ela não é estranha. - Me levanto da cadeira e seguro sua mão. -Agora por favor, vai embora e amanhã a gente conversa.
-Tudo bem. - Ele me dá um beijo na testa. -Me leva até a porta?
Acompanho ele até seu carro e agradeço por ele ir embora, pelo menos essa noite merda está no fim.
-Carol, vem cá me ajudar. - Minha mãe grita da cozinha.
Vou até ela e pego o pano para enxugar e guardar as louças no armário.
-Caroline, o que aconteceu aqui hoje a noite? Que show foi esse da Day?
-Mãe, podemos só evitar esse assunto e esquecer tudo o que aconteceu? Eu só quero paz. - Fecho a porta do armário e encaro ela.
-Sei não, Carol, não gostei nenhum um pouco das atitudes da Day hoje, é uma boa menina, Selma educou bem mas hoje ela passou do limites. - Ela me entrega mais alguns talheres. -E que roupa era aquela? Aquela peruca? Coisa estranha.
-Ela ia, ou foi em uma festa de Halloween, por isso a fantasia. - Respondo lembrando que se não fosse as data trocada das passagens tudo estaria bem agora e eu estaria curtindo uma festa com a minha garota.
-Tá vendo aí? Tá vendo, quando eu falo pra vocês aqui em casa que ir nessas festa de Halloween é dá abertura para o cão entrar na vida de vocês, vocês dizem que eu estou exagerando, estou louca, mas tá aí a prova viva, foi aceitar fazer parte dessas porcarias e olha no que deu, se comportou igual o lá de baixo.
-Credo mãe, que horror. Fala como se a Day fizesse parte de uma seita satânica, como se ela andasse possuída por aí, o comportamento dela hoje não tem nada haver com isso. - Estico o pano em cima do fogão.
-E tem haver com o quê então?
-Sei lá, ciúmes? Sempre foi só nós duas e de repente surge um integrante novo, ela ficou com ciúmes e agiu do jeito que agiu. - Vamos para a sala.
-Sei não Carol, acho que essa amizade de vocês não é boa, esse ciúmes todo não é normal. A Day é sapatona, quem sabe se ela não tá gostando de você pra valer. - Reviro os olhos com a fala da minha mãe.
-Primeiro, a Day não é sapatona, a Day é lésbica, segundo, eu conheço minha amiga e sei bem o que passa na cabeça dela, pode ficar tranquila que amanhã resolvemos isso, não precisa ficar apontando o dedo e julgando minhas amizades.
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Não Gosto De Mim - Dayrol/Caray
बेतरतीबDayane e Caroline, mais conhecidas como Day e Carol, se conheceram quando Day se mudou para a cidade no interior do Paraná, Campo Mourão, aonde Carol já morava desde pequena. Carol estava no último ano do ensino médio quando Day passou a frequentar...