Capítulo trinta e nove - Ciumenta

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DAY POV

Eu fiz de tudo para esquecer a Carol, até tentar enganar os meus sentimentos eu tentei e não adiantou, eu continuei amando essa mulher, e eu sei que ela praticamente me traiu mas hoje eu entendo o lado dela e desculpo, posso estar sendo idiota? Posso, não nego, mas quando se ama alguém você é capaz de coisas que até dois meses atrás julgava como besteira, breguice ou burrice.

Eu só sei que amo ela e não vou ficar renegando e renegando esse sentimento. E eu sei que ela também me ama, ela enfrentou a mãe pelo nosso amor, Carol é a pessoa mais apegada a família que eu conheço, se ela fez o que fez é porque realmente me ama.

● ● ●

Ficamos na praia até o sol nascer, juntamos nossas coisas e voltamos para a cidade, no caminho de volta tentei puxar assunto com ela mas ela logo encerrava o assunto, não sei se por sono ou por não querer conversar.


–A Nana não vai ficar chateada por termos ido a praia sem ela? - Carol abre a porta do apartamento e eu empurro sua mala para dentro.

–A Nana foi ontem pro Rio de Janeiro junto da Thay, acho que a Thay foi visitar uma prima e levou a Nana. - Bruno comenta e ela assente. –Gente, se vocês não se importam, eu queria tomar banho primeiro pra poder ir lá devolver o carro, pode ser?

–Claro. - Respondemos juntas e Bruno vai para o banheiro, vou para o quarto e ela vem atrás, sento na cadeira e ela senta na ponta da cama.

–Tá feliz? - Pergunto e ela afirma.
–Sério? Não parece muito, tentei puxar assunto com você no carro mas você nem deu muita bola.

–Desculpa, só estou um pouco cansada.

–Depois a gente sai pra comprar as nossas alianças de compromisso, sei que eu e você somos ótimas em perder aliança mas não custa tentar.

–Tá tudo bem, não vamos nos preocupar com isso, mais importante do que a aliança é o nosso amor. - Ela encara o chão com o semblante triste.

–Você tá triste pelo lance com a sua família não é? - Ela afirma. –Eu sei como se sente, quando fui rejeitada pela minha mãe também foi bem difícil, lembro que eu até cheguei a pensar em fazer algo extremo mas eu tive pessoas do meu lado que foram incríveis. - Sento do seu lado na cama. –Eu sei que está sendo muito difícil para você mas eu te prometo que vou ser sua família pra sempre, quero que conte comigo para qualquer coisa, ok?

–Ta bom. - Ela passa a mão no meu rosto. –Te amo. - Ela me dá um selinho.

–Também te amo, baby. - Ela sorrir fraco, abraço ela e deitamos na cama.

–Estamos com as roupas úmidas e cheia de areia em cima da cama, o quão velha eu sou por querer atrapalhar esse momento fofo apenas para não sujar a roupa de cama? - Dou risada e aperto ela ainda mais no abraço.

–Eu prometo que troco e ponho pra lavar depois, agora vamos só aproveitar o momento.

–Ta bom.

Ela deita em cima do meu braço e eu faço cafuné nela, beijo seu rosto e canto baixinho uma música, ficamos assim até o Bruno bater na porta avisando que já tinha tomado seu banho, ela foi para o banheiro e eu me troquei para ir até a padaria e comprar o que ela gosta no café. Cheguei e ela ainda estava no banho, preparei a bandeja e esperei ela ir para o quarto.


–Amor, posso entrar? - Pergunto na porta.

–Pode sim, já estou terminando de me trocar. - Abro a porta com cuidado, ela está virada de costas. –Não consegue ficar dois minutos longe que já vem atrás... - Ela finalmente se vira e ver a bandeja com as coisas. –Amor...

Não Gosto De Mim - Dayrol/Caray Onde histórias criam vida. Descubra agora