Não Gosto De Mim - Dayrol/Caray

Capítulo trinta e oito - Primeiro encontro

Carol POV

Choro durante longas horas da noite ingnorando todas as batidas na porta e mensagens no meu celular. Eu me encontro totalmente perdida em relação a tudo, se ela já surtou assim em saber que eu vou morar de vez em São Paulo imagina se eu contasse que eu sou lésbica. Ela me fez surtar como eu nunca surtei, por um lado eu me sinto leve por ter falado o que eu queria mas por outro eu me sinto péssima.
Não sei o que fazer em relação a Day.
Não sei de nada.

Entro na internet e compro uma passagem de volta, começo a arrumar a minha mala até ouvir batidas na minha janela, abro e vejo que se trata do Rafa.

–O que você tá fazendo aí? - Ajudo ele a entrar.

–Eu te liguei, te mandei mensagem, bati na porta e você nada, tive que vim pela janela. - Ele entra no meu quarto e eu fecho a janela.

–Precisava ficar só. - Continuo arrumando minha mala.

–Eu imaginei. - Ele me abraça e eu volto a chorar.

–Você viu como ela me tratou? Como ela falou comigo como se eu tivesse cinco anos? Rafa, ela tenta me controlar de todas as formas. - Me agarro mais a ele.

–Eu vi sim. - Ele afaga meus cabelos.

–Eu não odieio ela e nem o papai, e eu sei que eles também não me odeiam mas me sufocam sabe? Eu me sinto dentro de uma minúsculo caixa toda vez que ela decide algo por mim. - Ele me arrasta para sentarmos na cama. –E o Pedro, meu Deus, por que ele tinha que comprar o bendito do apartamento e contar pros meus pais, mas coitado, não tem culpa nenhuma nessa merda toda.

–E você já sabe o que vai fazer em relação a tudo?

–Não sei, não sei mesmo, me sinto em um beco sem saída encurralada por três cachorros bravos. - Passo a mão no meu cabelo. –Eu queria sumir do mundo e deixar tudo se resolver sozinho, mas aí qual seria a graça do mundo, não é? - Digo sarcástica. –Vou embora ao anoitecer e quando eu chegar lá vou conversar com a Day, contar tudo o que rolou e decidir o melhor para nós duas já que eu não tive a oportunidade de contar o que eu queria contar.

–E quando pretende falar a verdade para os nossos pais?

–Não sei, vou esperar um tempo pra ver como vai ficar a minha relação com eles.

–E o Pedro?

–Vou fazer o que eu tenho feito de melhor, enrolar ele, tenho medo de contar e ele contar pros nossos pais.

–Não quero opinar, se você decidiu assim é porque sabe o que é melhor para você. - Ele aperta minha mão.

–Até quando eu tento fazer a coisa certo eu faço a coisa errada. - Tampo o meu rosto me sentindo frustrada e idiota por achar que tudo ia se resolver hoje. –Eu vou continuar arrumando minha mala e depois tentar dormir.

–Vou para o meu quarto. - Ele me dá um beijo na bochecha. –Qualquer coisa é só gritar. Boa noite.

–Boa noite.

Continuo arrumando minha mala, bendita hora que eu fui tirar minhas roupas e por no armário de novo. Pego mais alguns outros objetos e guardo também, me arrumo e fico o dia todo no meu quarto evitando qualquer pessoa que venha para conversar.

Quando está na hora de viajar pego minha mala e vou para o aeroporto sem avisar ninguém, depois de já estar no avião eu resolvo falar com ela.

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Day

Oi, pode me buscar mo aeroporto?