Capítulo trinta e dois - Como guia tu é uma ótima cantora

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Carol POV

Me olho no espelho e reprovo a roupa que visto, troco novamente e odeio mais uma vez a roupa, bufo irritada e visto novamente a primeira roupa que experimentei, a minha calça jeans favorita, a blusa manga longa do The Weekend e meu tênis branco, arrumo o meu cabelo como sempre e me sinto a mulher mais bonita do mundo.
Nunca fui de me arrumar tanto, mas eu vou sair com a Day, ela me convidou para sair, eu não posso simplesmente ir de qualquer jeito, eu tenho que estar a altura de quem me convidou.

13:30 eu sento no sofá para esperar ela, enquanto isso sempre olho meu reflexo no vidro da janela.


–Tem certeza que não quer almoçar? - Bruno pergunta e senta no outro sofá, Elana senta do seu lado e põe as pernas sobre as de Bruno.

–Eu estou nervosa demais para comer, sinto que meu estômago está em uma montanha russa. – Digo e vejo a hora no meu celular. –Droga, ainda está cedo.

–Você me parece muito nervosa pra alguém que só vai fazer um passeio com a amiga, por que é isso que vocês são né? Amigas. Ou mudou algo e não estamos sabendo? - Elana me encara.

–Exatamente, somos só amigas. E estou nervosa porque sei lá, não sei aonde ela vai me levar e tenho receio de não gostar e não saber o que dizer. - Tento disfarçar mas os dois continuam me encarando igual aquelas crianças que te encaram na missa parecendo que sabem todos os seus pecados. –Tá bom, estou nervosa porque vou sair com ela, tipo, ela me chamou, isso é um encontro né?

–Sim, um encontro de amigas. - Bruno gesticula suas mãos. –Carol, pelo amor, ela namora, você namora, sem chifres ok? E não fica criando expectativas, quando elas não acontecem do modo que você imaginou viram grandes frustações. - Ele se inclina para pegar na minha mão. –Não seja emocionada, você são apenas boas amigas.

–Mas e se acontecesse, você voltaria com ela? - Elana pergunta e Bruno a encara feio. –É só uma pergunta, não morre se responder.

–Essa pergunta deveria ter sido feito a ela porque se dependesse de mim a gente nunca teria terminado e estaríamos agora casadas. - Bruno fica me encarando. –Que foi? Eu tenho culpa de ainda gostar dela? Eu sou culpada de ainda desejar ter ela? Eu não escolho as pessoas que eu gosto, mas eu não vou forçar nada porque tenho noção das coisas que eu fiz no passado.

–Carol, Carol, te vigia.


Continuo esperando Day e com uns dez minutos de atraso ela chega, abro a porta e abraço seu corpo cheiroso.


–Olá.

–Olá, entra. - Dou espaço e ela entra.

–Calil. - Ela abraça o nosso amigo.
–Nana. - Elas também se abraçam.
–Estão bem?

–Sim, e você? - Elana pergunta.

–Ótima. - Ela sorrir. –Vamos? - Ela se vira para mim.

–Claro. - Abro a porta e deixo ela sair primeiro, me viro de costas e Bruno está me encarando com uma cara de desconfiado. –Não vou fazer nada que ela não queira. - Susurro para ele.

–Tu te orienta imunda. - Mando beijos para os dois e vou embora.


Corro para o elevador e entramos juntas, ela aperta os botão e eu batuco nervosa meus dedos na barra de ferro do elevador.

–Tá tudo bem? Tá nervosa. - Ela me olha.

–Eu nervosa? Imagina. - Tento disfarçar com um sorriso forçado.

–Tá aí batucando os dedos sem parar, tu só faz isso quando tá nervosa.

–Ok, admito que estou nervosa, mas que culpa eu tenho? Tu só me convidou pra sair e não disse mais nada, vai que me leve para acampar no meio do nada. - Ela fecha a cara.

Não Gosto De Mim - Dayrol/Caray Onde histórias criam vida. Descubra agora