peter

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Durante o dia, eu me senti muito mal. A energia havia voltado, mas ainda havia muita chuva e a cidade ainda estava em situação irregular. Durante a reportagem, eu entendi a situação como uma poderosa tempestade extratropical.


Winston me traduziu isso como um ciclone.

Isso me fez vomitar e passar mal o dia inteiro. Eu sentia o meu corpo fraco e com certeza, não tinha forças para encarar Jennie. Minha cabeça doía só de pensar em me levantar.

Mas eu prometi a ela.

— Você ficou louca, honey?!?

— Calado.

— Ela pode esperar mais uma semana.

— Ela pediu que eu fosse hoje, deve ser algo importante.

— A gente já sabe o que é. — Ele disse enquanto abotoava a camisa. Precisei me segurar para não demonstrar o quanto eu o acho lindo.

— Pare de falar e volte a se vestir. — Reclamei.

— Talvez você não tenha notado, mas vomitou em uma peneira para não perder os órgãos.

— Estou pronta. — Me virei do espelho e o encarei. Taehyung se aproximou de mim e observou o meu rosto com cuidado.

— Como está se sentindo?

— Eu estou bem. Eu só fiquei assustada. — Inclinei o meu rosto, eu só queria aprofundar o toque dele. Eu não sei se estamos distantes, também não sei exatamente o que nós somos desde que descobrimos a gravidez.

Isso tem me tirado o sono.

— Se você sentir alguma coisa, vai me avisar?

— Eu aviso.

— Isso não é prudente... e sua mãe nem sabe.

— Ela vai saber na hora certa.

Eu espero.

Deixamos o quarto, ele segurou a minha mão durante todos os túneis. Eu acreditei que seria um local mais empoeirado, na verdade, a muitos anos o meu pai me disse que o subterrâneo serve para ligar residências reais como rotas de fuga em caso de ataques — tendo acesso também ao aeroporto.

Ele disse também, que usamos para evacuar Buckingham durante a guerra. Assim como o meu tio Harold utilizou para fugir na noite da abdicação.

Não era tão sujo como eu imaginei, apenas bem escuro. Um dos guardas nos auxiliou a subir as escadas estreitas, e assim que entramos por uma porta, estávamos dentro do Palácio de Kensington.

— A minha mãe não sabe que estou aqui, eu não quero que haja nenhum tipo de comentários. — Sussurrei para um dos guardas e ele assentiu.

— Sim, senhora.

— Jisoo... — Ele começou quando finalmente ficamos sozinhos. — Não seja inocente.

— Você sabe que eu não sou. — Abri a porta da sala de jantar de um dos apartamentos que não era utilizado, e também tinha uma distância considerável dos aposentos da minha mãe.

A Coroa - Volume 1 / ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora