A Coroa - Volume 1 / Reescrevendo

que sejam muitos

Duas semanas depois que George nasceu,  estávamos em Londres.

Taehyung e eu brigamos, ele queria que eu ficasse pelo menos durante o resguardo em Balmoral, o que eu neguei imediatamente. Fiquei tempo demais longe de Londres e me senti uma péssima monarca por isso.

A cidade estava inteiramente azul em homenagem ao nascimento de George, o nome dele foi divulgado na noite anterior da nossa volta e tudo o que falavam no país é sobre meu pai não ter conhecido o neto, que carregava seu nome.

Evitei ver televisão desde então.

A minha mãe ficava com ele o tempo inteiro, ela não o largava. George era um bebê calmo, ele amava ficar no colo de alguém e sempre resmungava quando acordava sozinho na cama, sem algo ou alguém por perto.

Mas em compensação, dormia pesado.

Desde que ele nasceu, eu entrei em pânico pelo menos três vezes quando ele não acordava para mamar.

Taehyung me chamou de paranóica, por que meu susto também o deixava transtornado.

Minha avó disse que era completamente normal que a gente sentisse medo, mas que deveríamos ser menos alarsivos.

Chegamos em Buckingham e eu precisei deixar George sob os cuidados de Taehyung para encontrar o novo primeiro-ministro, Ian Macmillan. Ele deveria ser dez anos mais velho do que eu, secretamente durante nossa conversa, eu conclui que ele era um homem inteligente e também até mais descontraído do que Winston.

Ele me parabenizou pelo nascimento de George e me deu detalhes sobre a minha coroação e os preparativos.

Será televisionada, ideias de Jennie.

Eu só deixava George com as babás quando eu estava muito exausta. Todos os banhos dele até hoje foram dados por mim, e eu não parei de amamenta-lo.

Minha mãe me disse que eu deveria aproveitar enquanto consigo fazer isso, pois pode chegar um momento em que ao dar mamadeira em minha ausência, ele pode começar a recusar a amamentação.

Isso me fez chorar.

Taehyung me acalmou.

A minha mãe viajou para Portugal, portanto, George ficaria com a babá enquanto eu e Taehyung íamos até um jantar na casa de Winston.

— Por que você está triste?!? Ele está velho, realmente já estava na hora de se aposentar.

— Vejo Winston na política desde que eu me conheço por gente. Não seja cruel, mas essa sempre foi a vida dele.

— Mais um motivo pra ele se aposentar. — O encarei enquanto uma moça me ajudava a fechar o zíper do meu vestido.

— Não é tão simples como você diz.

— Não seja ridícula, ele não pode respirar política pra sempre quando ele tem dinheiro suficiente para comprar um chalé e pescar e fumar na Escócia sem ter mais preocupação.

— É insensível da sua parte falar isso.

— Eu achei que você não gostasse dele.