𝗜𝗠𝗔𝗚𝗜𝗡𝗘 - 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗘𝗟𝗢 𝗩𝗜𝗘𝗜𝗥𝗔

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Créditos de sugestão à:
@bellearmyr







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THOSE DAYS









Num daqueles dias onde o dia amanhece nublado, as horas se passam tão devagar que você passa a questionar-se se está em sua realidade. As roupas não te convinham usar nenhuma, o sutiã aperta tanto que lhe falta o ar; o cabelo não coopera, e sua fome só aumenta a cada minuto, como se seu estômago estivesse com problemas.

Frustrada, você abraçava o travesseiro e resmungava a cada minuto que se passava, sem uma posição confortável. Tudo lhe irritava, até mesmo sua própria existência.

— Vai fazer um buraco na cama, se continuar assim.— Seu namorado resmungou, deitado ao seu lado.

Você ergueu o queixo, apontando o indicador na direção do moreno que devolveu uma olhar engraçado.

— Foda-se, Marcelo Vieira! Dane-se essa merda toda! — Exclamou, exasperada.

— Outch! — O moreno colocou a mão sobre o peito, de modo ofensivo.— Você está no limite do mal humor, cruzes.

— Você quer o que? Não acho uma posição confortável, não tem um filme que se preste neste negócio...— Citou, apontando para a televisão do quarto.— Estou com fome, chateada e me sinto inchada!!

Respirou tão profundamente que quase lhe faltou o ar depois. Marcelo a encarou por longos segundos antes de se levantar da cama e calçar os chinelos. Você o observou cautelosamente, sustentando um semblante tedioso.

O rapaz saiu do quarto, você iria chorar, estava tão confusa que poderia explodir a qualquer momento sem um motivo plausível. Então, não demorou para que ele aparecesse novamente. Segurando uma bandeja, apoiou-a na escrivaninha e depois olhou-a atentamente.

Pegou na compressa de água morna e se aproximou de si, ajeitando-a no travesseiro e colocando o objeto sobre sua pélvica dolorida. Passou a palma da mão grossa e áspera por sua testa e lhe estendeu um comprimido.

Você o encarou negando com a cabeça.

— Ande lá, é buscofem. Vai te ajudar com a dor! — Disse ele, insistindo.

Se sentando na cama, você colocou o comprimido sob a língua e com a ajuda da água — que o moreno a havia estendido — deslizou por sua garganta facilmente. Seu namorado deitou-se eu seu lado, abraçando seu corpo e acariciando seus cabelos enquanto você se encostava em seu peito, coberto pelo moletom azul marinho.

Fechou os olhos, sentindo as dedilhas massagearem seu couro cabeludo e descer aos fios soltos.

— Hum. Como sabe o que tenho?

Ele riu.

— Eu te conheço, como a palma da minha não.

Você se aconchegou mais a ele, e fechou os olhos pronta para adormecer quentinha e acolhida nos braços de quem tanto amava.






Você se aconchegou mais a ele, e fechou os olhos pronta para adormecer quentinha e acolhida nos braços de quem tanto amava

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