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THOSE DAYS
Num daqueles dias onde o dia amanhece nublado, as horas se passam tão devagar que você passa a questionar-se se está em sua realidade. As roupas não te convinham usar nenhuma, o sutiã aperta tanto que lhe falta o ar; o cabelo não coopera, e sua fome só aumenta a cada minuto, como se seu estômago estivesse com problemas.
Frustrada, você abraçava o travesseiro e resmungava a cada minuto que se passava, sem uma posição confortável. Tudo lhe irritava, até mesmo sua própria existência.
— Vai fazer um buraco na cama, se continuar assim.— Seu namorado resmungou, deitado ao seu lado.
Você ergueu o queixo, apontando o indicador na direção do moreno que devolveu uma olhar engraçado.
— Outch! — O moreno colocou a mão sobre o peito, de modo ofensivo.— Você está no limite do mal humor, cruzes.
— Você quer o que? Não acho uma posição confortável, não tem um filme que se preste neste negócio...— Citou, apontando para a televisão do quarto.— Estou com fome, chateada e me sinto inchada!!
Respirou tão profundamente que quase lhe faltou o ar depois. Marcelo a encarou por longos segundos antes de se levantar da cama e calçar os chinelos. Você o observou cautelosamente, sustentando um semblante tedioso.
O rapaz saiu do quarto, você iria chorar, estava tão confusa que poderia explodir a qualquer momento sem um motivo plausível. Então, não demorou para que ele aparecesse novamente. Segurando uma bandeja, apoiou-a na escrivaninha e depois olhou-a atentamente.
Pegou na compressa de água morna e se aproximou de si, ajeitando-a no travesseiro e colocando o objeto sobre sua pélvica dolorida. Passou a palma da mão grossa e áspera por sua testa e lhe estendeu um comprimido.
Você o encarou negando com a cabeça.
— Ande lá, é buscofem. Vai te ajudar com a dor! — Disse ele, insistindo.
Se sentando na cama, você colocou o comprimido sob a língua e com a ajuda da água — que o moreno a havia estendido — deslizou por sua garganta facilmente. Seu namorado deitou-se eu seu lado, abraçando seu corpo e acariciando seus cabelos enquanto você se encostava em seu peito, coberto pelo moletom azul marinho.
Fechou os olhos, sentindo as dedilhas massagearem seu couro cabeludo e descer aos fios soltos.
— Hum. Como sabe o que tenho?
Ele riu.
— Eu te conheço, como a palma da minha não.
Você se aconchegou mais a ele, e fechou os olhos pronta para adormecer quentinha e acolhida nos braços de quem tanto amava.
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