Esse capítulo contém assunto sobre crises ansiosas. Então se alguém não se sentir confortável, por favor pule!
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ANXIETY
Sua vida é totalmente conturbada e agitada, e embora você sinta que se acostumou com tudo aquilo, era totalmente uma farça. Shows, entrevistas, viagens e mais viagens — elas nunca sendo a passeios —, ensaios para revistas e muitas outras coisas. Isso já era sua rotina, e você até gostava e não via problema em nada daquilo, até seu corpo falar por você.
A algum tempo você vinha tendo crises fracas de ansiedade, só que de umas semanas em diante isso passou a piorar. Sua alimentação vinha sendo um sacrifício, dormir? Não sabia o que era isso à meses.
Alisson, vendo sua situação ficou extremamente preocupado e até pediu-a que fosse a um psicólogo e procurasse uma terapia. Embora, sua família estivesse a apoiando e ele também, era um sacrifício e luta constante.
Num dia, você estava numa entrevista em um programa de televisão. Seus batimentos cardíacos já se encontravam descompassados, um bolo enorme em sua garganta e você suava frio. Passou a palma das mãos sobre as coxas desnudas pelo short que usava, seus olhos lacrimejavam e você reprimia inúmero bocejos.
Alisson, que também estava na entrevista, bem ao seu lado — já que, ele também era um dos convidados — tocou em sua mãos, o mais discreto que poderia ser. Você estava tão enjoada e exausta que parecia que iria desmaiar, e só de pensar nisso entrara em pânico.
A apresentadora notou sua agitação e anunciou o comercial antes do tempo, então, virou-se para você e lhe perguntou como estava, mas você nem conseguira responder.
Alisson a olhou preocupado e gentilmente pediu licença para a retirar dali, e todos concordaram mesmo que, receosos. Com o braço em sua cintura, ele te deu apoio e lhe levou aos fundos, onde um staff já lhe estendia uma garrafa de água gelada. Você estava trêmula e fechou os olhos.
— Está tudo bem, respire fundo, uh?! — Tocou seus fios de cabelos e lhe ajudou a sentar sobre a poltrona do camarim.
Ligou o ar condicionado e abanou-a com uma revista mesmo assim. Tocou em suas mãos gélidas e acariciou-lhe o rosto.
— Eu estou aqui, está tudo bem.— Sussurrou.
— Eu... eu sinto muito. Eu estraguei a entrevista eu... estou mal... eu não quero morrer.— Você murmurou, já começando a soluçar enquanto chorava.
Alisson sentiu seu peito apertar e abraçou apertadamente, acariciando seus cabelos e costas, tentando lhe passar um conforto.
— Você não fez nada, está tudo bem. Você não vai morrer, estou bem aqui ao seu lado.— Ele disse, tão carinhoso que o silêncio que se seguiu não fora nenhum pouco tenso.
Você estava se acalmando aos pouco com a cabeça repousada sobre o ombro de seu noivo. Com o polegar, ele acariciava sua palma e lhe mantinha segura em seus braços. Não notou quando os staffs tentavam entrar e falar algo mas Alisson os dispensavam com apenas um sinal com a mão.
Depois de longos minutos que pareceram horas, você estava bem novamente; o programa já havia se encerrado e Alisson não deixou que você olhasse as redes sociais e nem pensasse sobre nada. Enquanto sua empresária resolvia os assuntos da entrevista e a nota que se subiu sobre sua crise, você se desculpou brevemente com a apresentadora, que lhe abraçou e disse que estava tudo bem e lhe desejou melhoras.
Alisson a acompanhou diretamente até em casa, onde foram recebidos por alguns fãs de vocês que estavam lhe esperando com cartazes e até flores e mensagens positivas por todos os lados. Mesmo contra a vontade de Alisson você os atendeu docilmente, os avisando que estava bem e depois adentrou ao condomínio onde morava.
Banhou-se e vestiu algo quentinha, já que fazia frio. Alisson lhe preparou chá — já que você ainda não tomava calmantes —, ficou o tempo todo deitado ao seu lado. Num minuto você estava quase adormecendo com a cabeça encostada sobre o peito do rapaz, notou os sussurros inaudíveis e quando ergueu a cabeça para saber se falava consigo, notou que estava orando. Você sempre soube que Alisson era muito religioso, embora você não fosse tanto quanto ele, acreditada em boas vibrações. Então, fechou os olhos e recebeu todo aquele amor que ele emanava da forma dele.
Quando o silêncio voltou você ergueu novamente o rosto sorrindo gentilmente, e pode notar os olhos lustrosos e preocupados do mais velho.
— Eu te amo, e quero que se sinta bem. — Ele lhe disse.
— Amo você, amo muito.
Inclinou-se para frente e lhe selou os lábios, demonstrando toda sua reciprocidade por ele.
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Para quem chegou até aqui, eu queria deixar avisado que meus imagines serão sempre fofinhos e românticos. Não quero passar uma vibe pesada e muito triste, quero que se sintam confortáveis lendo o que escrevo; então jamais escreverei sobre temas pesados. Eu sinto muito muito muito se esse capítulo tenha saído um pouco tenso, eu estava mesmo tentando me confortar e confortar quem assim como eu sofre com essas crises horríveis!!
