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BABE
Era a terceira naquela semana que você sentia-se extremamente inchada, fora as vezes diversas que vomitou tudo o que comera durante o dia. Engoliu em seco se remexendo desconfortavelmente na cama macia. Sua mãe a encarara diversas vezes que se esbarravam em suas correrias ao banheiro.
Seu corpo estava dolorido, você estava extremamente chorosa e emotiva por simplesmente tudo. Trancou-se no quarto e simplesmente permaneceu deitada durante toda a tarde, evitando qualquer contato externo.
Gabriel, seu namorado, estava numa semana puxada, ligava todas as noite, mesmo assim, sentia falta da presença do mesmo. Convicta que de era somente um de seus dias de TPM, enviou diversas mensagens a sua melhor amiga, que a ligou no mesmo instante.
— Você tem se alimentado bem? Se hidratado? — A garota exasperou.
— Sim, você sabe que falta de líquido não é, eu sempre bebo água e me alimento bem. Quero dizer, sempre que posso.— Resmungou.
— Vai ao médico, talvez seja virose.— Sugeriu, e ambas concordaram.— Mas assim, por via das dúvidas, a desse mês está paga?
Você demorou a assimilar o que a garota dizera, mas piscou os olhos rapidamente abrindo o calendário.
— Na verdade... desde o mês passado que não veio. Achei que fosse normal.— Engoliu em seco.
O silêncio pairou por alguns minutos.
— Caraca! Vou passar na farmácia. Chego aí em menos de meia hora.— Disse ela, apressadamente.
Encerraram a chama rapidamente, sem despedidas. Naquele momento tudo parecia impossível para você, puf, grávida? Gabriel era o poço da responsabilidade, jamais errariam assim. Ou errariam?
Você se sentou na cama, mexendo as pernas freneticamente. Pegou em seu celular novamente e pesquisou os sintomas de gravidez. Estava zonza, suas mãos parecia molengas e você jurara que iria desmaiar. Mas não desmaiou.
Resolveu tomar um banho para no mínimo esquecer durante minutos tudo aquilo. Debaixo do chuveiro, analisou sua pélvica, e resmungou palavrões inaudíveis. Saiu enrolada numa toalha e assustou-se quando a porta de seu quarto abrira brutalmente, revelando a sua amiga, eufórica.
— Anda logo, eu quero saber se eu vou ser tia mesmo, ou se o mundo está brincando comigo. — Exasperou.
Retirou da sacola a caixinha onde haviam três teste diferentes, era impossível dar errado. Então você pegou-os relutantemente, e se dirigiu ao banheiro para fazer todos. Esperou sentava na tampa do vaso, enquanto sua amiga insistia que você ligasse para Gabriel.
