Capítulo 16

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–Eu não fiquei chateado pequena. Estou apenas colocando meus pensamentos em ordem para que eu faça tudo da forma como deve ser feito.

–Como? Não entendi.

Ele desviou os olhos do trânsito e me encarou, olhando fundo em meus olhos.

–Lauren... se você TAMBÉM está tão apaixonada... não tem porque deixar seu pai de fora da situação. Eu me segurei porque você ainda é muito jovem, talvez estivesse apenas... deslumbrada comigo. Mas agora que sei que meus sentimentos são correspondidos à altura... nada irá me impedir de contar tudo ao seu pai.

Puta merda!

– Cameron, não... – comecei e ele me lançou um olhar irritado.

– Lauren, eu não sou um adolescente. Se ficar comigo estamos tendo um relacionamento sério. Não um namorico de escola. – suas palavras eram duras, mas eu entendi o que ele queria dizer.

– Mas e se ele nos afastar? – sussurrei temerosa e ele pegou minha mão.

– Princesa, não pense no pior.

– Mas, - meus olhos se encheram de lágrimas. – Ele vai pensar no pior. – funguei e ele parou o carro no acostamento, e desafivelou meu cinto e me pegou no colo.

– Olhe para mim. – olhei e ele beijou meus lábios, em seguida sorriu.

– Vamos nos concentrar em uma coisa de cada vez. Eu vou falar com seu pai. Eu não vou me esconder como um moleque. E depois veremos o que rola. Ok?

– Ok. – ele me beijou de novo, e me ajudou a sentar no meu lugar, voltou a ligar o carro, assim que estava de cinto, e dirigiu em silêncio.

Eu praticamente roía minhas unhas. Cameron estava louco, e se meu pai o matasse? Melhor me certificar de que ele estaria bem longe das suas armas. Quando o carro parou, olhei em pânico para minha casa. Cameron saiu do carro, e em seguida abriu a porta pra mim, ele agarrou minha mão e entrelaçou nossos dedos dando um beijo rápido.

– Vai ficar tudo bem.

– Ok, ok. – ele sorriu e caminhamos para a casa, peguei minhas chaves, mas ele negou e bateu na porta. Demorou alguns minutos, dois no máximo, mas parecia que foram horas. Quando a porta abriu minha mãe estava de roupão e olhou de mim para Cameron e em seguida nossas mãos entrelaçadas e bocejou.

– Tinha que ser tão cedo? – ela resmungou e abriu mais a porta para que entrássemos.

Entramos e fechei a porta, Cameron sorriu para minha mãe murmurando bom dia, mas não soltou minha mão.

– Clara quem era? – meu pai desceu as escadas e deu de cara conosco. – Cameron... – ele começou a falar e notou nossas mãos unidas. – Mas o que...?

– Nada disso, primeiro café, eu não funciono sem café. – mamãe resmungou indo pra cozinha e todos olhamos para ela.

– Eu... – meu pai começou, mas ela voltou a interromper.

– Michael, leve Cameron e Laur até a sala. – ele estreitou os olhos pra mim e quis me soltar de Cameron e correr para meu carro, até onde eu podia ir com a gasolina que tinha? Talvez até Washington?

– Vamos. – papai chamou me lançando um olhar que me fez tremer.

Hmmm eu estava tão fudida.

Cameron sentou no pequeno sofá comigo ao seu lado, meu pai na poltrona ainda olhando nossas mãos unidas.

– Tendo um bom dia Michael? – meu pai encarou Cameron.

– Hmmm, até agora estava. Alguém pode me dizer...

MAD TEMPTATION - ADAPTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora