Capítulo 2

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EMMA CLARKE

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EMMA CLARKE

 Minha semana foi terrivelmente deprimente. Me angustiava ver a geladeira vazia, precisando de roupas, calçados e não poder fazer nada.

Mesmo tudo isso acontecendo não reclamei, sei que tudo tem um propósito para Deus. Passei a semana orando de madrugada. Fiz o que Matt me aconselhou, coloquei Isaac em minhas orações e deixei nas mãos Dele pois Deus sabia o que fazer em relação ao meu emprego e o jeito amargurado do Zac.

Acordei com leves batidas na porta e como eu tinha o sono leve qualquer barulho me despertava. Não conseguira ignorar e dormir novamente então o único jeito era atender.

Minha mãe não poderia por não estar em casa. Pedi a minha tia que segurasse ela por umas semanas, tempo mínimo para eu arrumar emprego.  Se eu conseguisse antes ligaria. Claro que mamãe não concordou e queria logo voltar a trabalhar como doméstica mas meu poder de persuasão é mais forte.

Como que ela iria ficar em casa não tendo nada pra comer? Se alguém poderia aguentar mais era eu. Nesses dias eu comia bolinho de chuva que fiz com o último pouco de farinha e a sobra de arroz e feijão. Fazia apenas uma refeição por dia que era o almoço e comia pouco pra durar pelo menos até sexta.

Minha mãe me ligou assim que acordei pedindo como estava. No meu subconciente estava para dizer: Morrendo de fome. Mas o que saiu foi:

- Estou bem, acordei agora com alguém batendo na porta e você mãe?

- Bem minha filha. Com muitas saudades suas. - Notei sua voz fraca e sensível indicando que a qualquer momento iria chorar.

- Eu sei mãe. Não preocupe, logo esteremos juntas novamente. Confie em mim, é melhor pra senhora estar aí com a tia, onde eu sei que não passará fome.

- Ma e você? Acha que eu não sei que não tem praticamente nada aí? Você está comendo o que? - Tarde demais, ela já está chorando.

- Mãe eu estou viva, é o que importa. Isso vai passar. É só uma fase.

- E-eu quem deveria estar me sacrificando por você, não o contrário. - Seu choro parte meu coração e eu sei o que ela sente ao ficar longe de mim.

- Estou com vinte e quatro anos mãe, é a minha vez de cuidar da senhora, retribuir tudo que fez por mim.

- Pode retribuir aceitando a ajuda que sua tia quer dar pra nós. - Sugere novamente tocando no mesmo assunto de semanas atrás.

- Sei que ela quer ajudar porém eu dou conta sozinha, não quero ninguém tendo pena da nossa situação. - Minha tia é uma pessoa boa e eu gosto dela, só que se eu aceitar o dinheiro no outro dia ela me liga pedindo se arrumei emprego pra devolver o que ela me emprestou. E mamãe também quis que eu recoresse a Kate, mas ela não sabe de nada e pra pedir eu teria que contar e não quero envolvê-la nos meu problemas.

Minha segunda chance - Um novo começo - Livro 2 PAUSADAOnde histórias criam vida. Descubra agora