EMMA CLARKE
As horas seguinte foram de grandes emoções e de alguma forma assustadoras.
A família Romanov chegou após o meio dia e pela cara de surpresa deduzi que não sabiam de nada. E explicava o motivo de não estarem de madrugada aguardando na sala de espera.
A reação deles me quebrou mais ainda e me deixou mais culpada do que estava. Eu estraguei essa família. Porque sempre que estou perto coisa ruim acontece? Se tivesse recusado esse emprego.
- Onde estava com a cabeça de nos falar apenas agora Matthew? - Senhor Daniel pergunta visivelmente bravo.
- Desculpa pai, não achei que acordá-los de madrugada ajudaria em alguma coisa. De qualquer forma Kate e Emma estavam aqui então... ele não ficou sozinho.
- Somos os pais seu garoto imprudente. Eu sou o pai dele, não... posso perde-lo, passar por isso de novo... eu... - Matt não dá tempo para o pai terminar, apenas o abraça o fazendo não conseguir se segurar mais.
- Eu sei pai, me desculpa. Não tive coragem, não saberia ser forte para vocês.
- Oh meu bebê! Vamos superar isso meu menino, vamos superar. Juntos! - Dona Renata que até então estava chorando baixinho se pronuncia e em seguida os envolve em um abraço puxando Kate para participar também.
Eu via eles e cada choro, pedidos de desculpas, palavras positivas meu coração dava um salto parecendo levar facadas.
Como poderia não me sentir assim? Não precisavam de mim dando uma de namorada intrometida. Nem início de um relacionamento tínhamos. Não fazia ideia do porque estava aqui ainda. Zac precisa dos pais. Esse momento é algo íntimo demais para mim. Sou simplesmente uma babá apaixonada.
Deixo-os ali naquele momento emocionante querendo um abraço fundo e apertado da minha mãe. Só ela deixava meu dia melhor, deixava tudo melhor.
Ver seu sorriso reconfortante, sua voz, seu olhar de mãe que sabia o que eu sentia.
Uma onda de angústia me toma e não consigo controlar. Volto a chorar de novo e podia jurar que meu corpo clamava por água, mas não estava preocupada com isso no momento.
Necessitava de um abraço de mãe.
- Emma querida, onde vai? - Escuto a mãe dos dois morenos me chamar e suspiro virando para si.
- E-eu não sei. - Sussurro completamente confusa e olhando diretamente para o chão.
- Minha menina olhe nos meus olhos. - Pede na minha frente segurando meu queixo com os dedos suaves e vagarozamente os inclinando para poder ter seus olhos nos meus. - O que está te aflingindo?
- M-me desculpa... foi tudo c-culpa minha. - Declaro fitando seus olhos e após falar isso esperava mudança de humor ou sinal de indignação porém não encontrei isso. Sentia o mesmo olhar de minha mãe. Nada de julgamentos.
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Minha segunda chance - Um novo começo - Livro 2 PAUSADA
SpiritualIsaac Romanov planejava viver outro futuro. Fazer sua tão sonhada faculdade de medicina, casar-se com uma moça decente e graciosa e ter filhos depois dos vinte e cinco, porém todos seus planos desabam ao descobrir que será pai com dezesseis anos. De...