A Química Entre Nós.

Carol

Não sei por qual motivo eu aceitei ir com ela tomar sorvete, eu tentei recusar, mas algo dentro de mim mais forte que eu meio que me fez dizer sim.

Nós chegamos na sorveteria, eu pedi uma casquinha de chocolate com morango, e ela um milk-shake de flocos. Nós sentamos em uma mesa do lado de fora da sorveteria e começamos a trocar opiniões sobre o livro. Por incrível que pareça, ela tinha opiniões parecidas com a minha...e eu achando que a gente não tinha nada semelhante.

- Valeu por tirar minhas dúvidas Carol.

- Por nada. Eu amo esse livro.

- Eu adoro ler, mas estando no time não tinha muito tempo para leitura. Estava com saudades de ficar horas lendo achando que só se passaram alguns minutos.

- Acho que eu tinha uma opinião errada sobre você. Desculpe.

- Relaxa...acho que nem meus melhores amigos me conhecem direito. Acho que eu sou diferente quando estou com eles, não consigo ser eu mesma.

- Acontece...pelo menos agora eu sei que você até que é legal.

Ela olha para o relógio e levanta desesperada colocando as mãos na cabeça.

- O que houve?!

- Eu esqueci completamente do aniversário da minha prima. Que droga!

- Ei! Se acalma, vai lá. Não se preocupa comigo não.

- Tá! Valeu. Ela diz piscando.

Eu dou um sorriso de canto de boca.

- Espera! Você não quer vir comigo? Depois eu posso pedir o carro emprestado do meu irmão e te levo pra casa.

- Não precisa.

- Vamos lá. Eu sei que você vai de ônibus e sei que o próximo ônibus vai demorar pelo menos 30 minutos para passar aqui na frente. Fora que tá parecendo que vai cair o mundo de tanto que tá ameaçando chover.

Eu penso um pouco e reviro os olhos  entrando no uber com ela.

Nos estávamos no uber e estava um silêncio um tanto quanto constrangedor. Eu estava querendo rir, e quando viro pro lado vejo que Bárbara está igual. Eu viro para o outro lado rapidamente segurando a risada, e quando eu iria ceder, no chegamos na festa.

Nos entramos na festa e fico ao lado de Bárbara o tempo todo. Ela me ofereceu alguns docinhos e eu comi. A gente já devia estar ali pelo menos 1 hora e meia, eu passei esse tempo todo em silêncio, mas isso até ligarem  a pista de dança. Começou a tocar minha música preferida, e sem pensar muito eu falei:

- Nossa! EU AMO essa música.

No momento em que eu falo isso Bárbara rapidamente si vira para mim e diz:

- Essa é minha música preferida.

Ela pega na minha mão e me puxa até a pista de dança. Eu fui tentar voltar para a cadeira, mas quando me dei conta já estava na pista. Eu me deixei levar pela música e pelo momento e comecei a dançar um pouco. Naquele momento a festa ficou mais animada para mim, e aparentemente para Bárbara também.