Confie em mim

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- Por que você sempre tenta me afastar quando eu quero te ajudar? Já estou perdendo a paciência - Eu disse ofegante.

- eu já não te mostrei que pode confiar em mim? Deinert não disse nada. - Olha se você.. - Ela me interrompeu de repente.

- Robert virá atrás de você - ela disse fazendo-me franzir o cenho.

-Quem é Robert? - Perguntei fazendo-a rir.

- Você não vai querer saber.

- Sina eu cansei de tanto mistério. Você querendo ou não, ainda sou sua psiquiatra então me diga o que está acontecendo. - Exigi mostrando o quanto eu queria a resposta.

  - Tenho muito do que te contar ainda, mas ainda não chegou o momento certo. - Sorriu e se aproximou, fazendo-me dar um passo para trás. - Pare de tentar se afastar. - ela disse nervosa.

Bufei impaciente.

- Tudo bem então. - Ela desviou seu olhar do meu, olhando para o chão. - Você vai continuar a ser minha psiquiatra se eu voltar para a Casa Westreet?

- É lógico que vou, ainda temos muito do que explicar uma a outra. - Fez um gesto com a cabeça como que se concordasse, colocou o capuz de seu casaco na cabeça e se foi sem dizer nada.

(..)

- Heyoon, o que você quer fazer hoje? - Sabina perguntou chamando minha atenção.

- Qualquer coisa de menos ficar pensando no meu trabalho.

Sabina riu.

- Ela de novo?  - Perguntou, fazendo-me encará-la. 

- Deinert simplesmente não me deixa ajudá-la.  Parece que esconde seu passado a todo custo mesmo querendo me dizer alguma coisa.

- Já pensou que ela pode estar tentando desviar de algo que pode ficar fora do controle? 

- Como é que eu vou saber se ela não me conta nada?  - Argumentei irritada.  - Ela é uma imbecil. 

Sabi riu, negando com a cabeça.

  - O que foi? 

- Seu jeito de não desistir de ajudá-la é muito engraçado.

- Eu quero ajudá-la a talvez superar um trauma, mas parece que ela não deixa.

 - É só isso mesmo que você quer? 

- É Claro.  - Disse convicta de minhas palavras - Percebi que Sina quer me manipular a todo custo, mas eu não consigo ler seus objetivos. Fui formada para conseguir arrancar o problema pela raiz, mas eu não consigo e isso está me matando.

- Talvez devesse conversar francamente com ela.

Ri, sem humor. Deinert nunca conseguiria conversar comigo dessa forma.

- Talvez. - Disse apenas, tombando a cabeça para trás, encostando no sofá.

- Por que não vamos a um clube de piscina? - Minha amiga sugeriu. - Será bom para nós duas.

Pensei um pouco, mas acabei por concordar. Realmente precisávamos, e muito.

(...)

Estávamos eu e Sabina tomando sol de frente para a piscina em um clube que eu frequentava, compartilhando sobre acontecimentos que presenciamos juntas e que não nos arrependiamos de ter passado.

- E você lembra quando eu tentei pular a cerca e... - Continuava a falar antes de ser interrompida por um homem que parou a nossa frente.

- Ora se não são as moças mais bonitas desse lugar. - o homem que até então não tinha reconhecido, disse, chamando nossa atenção.

Psiquiatra de uma AssasSina Onde histórias criam vida. Descubra agora