Residente - Bakudeku

Destino

Dois meses depois...

O baile beneficente havia sido um sucesso, foram arrecadados mais de $1.000.000 (um milhão) de Dólares para a nova ala do hospital – essa que já passou a ser construída. Nesses dois meses que se passaram quase ninguém teve tempo para relacionamentos pessoais, pois além de uma demanda muito grande de pacientes, muitas cirurgias foram feitas durante esses meses.

Todoroki e Shinsou assumiram o relacionamento deles – esse que Izuku descobriu ter duração de 2 anos e meio. Momo e Jirou também se assumiram para todos, Kirishima e Kaminari estavam mais felizes do que nunca e Izuku com Bakugou bem, eles estavam definitivamente morando juntos.

Tudo estava bem, menos para Ochaco.

- Cê tá chorando de novo por que, Ocha? – Izuku perguntou assim que entrou no quarto da menor, ele havia feito o jantar e foi lá na intenção de chamá-la para comer.

- Não é... n-nada – Fungou.

Izuku soltou o ar.

Já tinha quase uma semana que Uraraka vivia chorando pelos cantos toda murcha e tristonha, Izuku e Denki já cansaram de perguntar para ela o que houve e se Asui havia feito algo, mas a castanha sempre negava e apenas dizia estar bem.

O que de fato era uma mentira.

- Você tem que parar com isso... – Se sentou ao lado do corpo encolhido na cama – Me fala o que aconteceu, por favor, Ocha – Pediu cauteloso.

Um soluço foi ouvido.

- Outro d-dia a Tsu comentou q-que... – Fungou – Que q-queria ter f-filhotes um dia – Falou de uma vez, os olhos esverdeados se arregalaram e ali, ele entendeu tudo.

Ochaco era uma ômega recessiva.

Esse tipo de “genética” não permite que ômegas como ela engravide facilmente. No caso de alfas recessivos, seus espermatozóides não são o suficiente para engravidar alguém.

- Ocha, você nunca se importou com isso... – Tentou consolar.

A menor levantou os olhos e respirou fundo antes de falar.

- É porque eu nunca tinha amado ninguém antes... – Mordeu o lábio inferior na tentativa de controlar os soluços – Eu nunca tinha pensado em engravidar dela antes, Izu. E agora... Agora eu quero mais do que nunca dar um filhote a ela! – Exclamou soltando alguns feromônios tristes.

Sem saber o que fazer, Izuku se deitou ao lado de Uraraka e a abraçou enquanto soltava feromônios de calma. Logo a porta do quarto foi aberta por um loiro sorridente, mas seu sorriso morreu assim que viu Ochaco encolhida enquanto soluçava baixinho.

Denki e Izuku trocaram um breve olhar antes do loiro se deitar do outro lado da cama. E assim, eles passaram o resto da noite consolando a menor.

Depois daquela noite, Uraraka parou de chorar e resolveu deixar que a vida a guiasse... Se fosse para acontecer, iria acontecer.

[...]

Denki se sentia enjoado, seu corpo estava pesado e a ânsia de vômito presente em sua garganta não o deixava descansar em paz.

Ele estava na sala de descanso 3 do piso 7, estava em seu intervalo, e depois de colocar todo o seu almoço para fora, ele resolveu descansar. Isso até ter seu estômago revirando e seu paladar salivando para vomitar.

Mil e uma doenças passavam pela sua cabeça, ele se perguntava se havia comido algo que não o fez bem... 

Até que a conversa com Ochaco outro dia lhe veio à mente.