A perda

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- Ele é o pai do seu filho? – Riu sarcástico.

Por f-favor... Eu t-te imploro – Passou as costas da mão na testa, onde tinha pequenas gotas de suor – E-ele tá perdendo m-muito sangue... S-se me d-deixar c-cuidar disso, e-eu te a-ajudo a f-fugir em segurança! – Exclamou.

- Izuku, não! – Kirishima tentou pedir.

- Tudo bem – Tomura sorriu – Você vai operar esse merdinha, mas eu quero assistir tudo – Se aproximou do menor e apontou a arma para sua cabeça – E se eu ver que você está com gracinhas – Destravou a arma – Eu meto uma bala na sua cabeça, não vou ter dó alguma do filho desse filho da puta – Riu da cara de medo que Izuku fez.

- Tudo bem – Assentiu – Eiji por favor, me ajude a levar o Kacchan para a sala de cirurgia 2 – O ruivo suspirou.

- Isso é loucura! – Mesmo que estivesse sofrendo pelo melhor amigo, Kirishima não conseguia pensar no que Bakugou acharia dele se soubesse que estava colocando não só o seu parceiro, mas também o seu filho em risco.

Eles caminharam até a sala de cirurgia, chegando lá Izuku e Eijirou prepararam todo o ambiente e se limparam para então começarem a cirurgia. Izuku se sentia nervoso, por mais que ele soubesse o que poderia fazer, ele não conseguia parar de pensar que ali naquela maca, quase sem vida, era o pai do seu filhote.

Tomura chegou perto da maca com um sorriso psicótico, ele apontou a arma para a cabeça de Midoriya e ditou:

- Comece – Sorriu – Você tem exatos 30 minutos, se não conseguir – Seu sorriso se alargou ainda mais – Eu atiro direto na cabeça dele – Izuku sentiu seus olhos marejarem.

Com um suspiro pesado, o menor assentiu.

Ele passou a limpar todo o ferimento com cuidado enquanto Eijirou aplicava uma anestesia geral. Izuku preparou o oxigênio, respirou fundo e olhou para Kirishima com um sorriso largo.

- É um ótimo dia para salvar vidas – Repetiu a frase que Katsuki sempre dizia antes de uma cirurgia - Bisturi, por favor – Pediu sério, Kirishima o deu o item pedido e logo o menor começou a tatear o peitoral de Bakugou em busca de onde a bala estaria alocada – Achei – Proferiu.

Izuku fez um corte horizontal não muito fundo no local do ferimento, o esverdeado passou a fazer a cirurgia com calma. Em seu rosto lágrimas grossas escorriam e os pensamentos de que talvez ele não fosse capaz de salvar Bakugou rondavam cada vez mais a sua mente.

Kirishima olhava tudo quieto, não conseguia acreditar que estava ajudando a operar Katsuki, e que Izuku estaria com uma arma apontada para sua cabeça.

Ai! – Izuku reclamou ao sentir uma pontada em seu ventre.

- O que foi? – Kirishima perguntou preocupado.

N-não é nada... – Fungou – Vamos continuar – Novas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

Midoriya pegou uma pinça e retirou a bala que ainda estava dentro do loiro, estava indo bem, isso até a pressão do alfa começar a cair.

- O corpo dele tá entrando em choque! – Eijirou exclamou, o barulho irritante do aparelho que media seus batimentos cardíacos ecoava por toda sala e a tensão só aumentava ao que o barulho notificava que em breve, Katsuki os deixaria.

V-vamos cuidar... D-disso – Choramingou desesperado ao que sentia cada vez mais pontadas em sua barriga.

- O tempo de vocês acabou – Sorriu psicótico – Parem de operar ele, e deixem ele deitado aí até morrer – Mandou, mas Izuku não soltou as ferramentas operatórias – EU MANDEI LARGAR – Destravou a arma.

Residente - BakudekuOnde histórias criam vida. Descubra agora