Capítulo 05

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Dia 45

-... Ele segurou a cabeça da górgona no alto e transformou todo o exército inimigo em pedra - o cantor da taberna proferiu, estava em cima de uma mesa torta e seus companheiros bebiam cerveja ouvindo a história - até seus companheiros tremeram de medo e fecharam os olhos - continuou o cantor.

- Conta outra, não existe essa baboseira - um homem alto e barbudo disse sorrindo.

- Ousa duvidar do criador da cidade Micenas?

- Não, ele é o semideus mais foda que já conheci em anos - o homem coçou o pau dentro de um calção furado - e olha que eu nunca vi um semideuses antes até ele matar aquele Craken.

- Então por que diz isso?

- Se o homem matou mesmo a vadia, traga a cabeça dela aqui e deixe que chupe meu cacete até aquelas cobras gemendo de prazer- o homem alto e barbudo caiu na gargalhada junto com sues companheiros.

- Falam de Perseu e Medusa - Hermes susssurou para os irmãos.

Os sete estavam em uma mesa distante daquele grupo de bêbados e cantores baratos, a taberna era um lugar pobre e noa recônditos da cidade de Micenas. Hermes beberiou seu vinho que o próprio Dionísio preparou para eles nos fundos do lugar, tinha seduzido a dona e ela concedeu cama e comida para os deuses.

A cidade era feita totalmente de pedras, erguidas pelo próprio Perseu e seus homens, era grande e linda com uma vasta vegetação rasteira e muito verde para dispistar a cor monótona das pedras. Havia pequenos coliseus onde acontecia lutas corpo a corpo - muitas vezes homens enfrentavam leões -, arcos com símbolos olímpicos, construções belíssimas e acima de tudo era uma fortaleza potente onde nenhum inimigo poderia invadir.

As roupas impressionavam os deuses, trazia uma sensação de nostalgia por causa das togas caídas de qualquer jeito em senhores de idade e crianças. Mulheres adoravam vestidos com peças de prata e ouro, homens pobre vestiam túnicas curtas e bonitas, os ricos vestimenta mais ousada enquanto os gladiadores usavam regatas e saias de couro fervido com tarraxas e fivelas, cota de malha e elmos negros.

- Lenda antiga, esse meu filho se compara ao seu Harry em termos de coragem - Zeus disse esbarrando o musculoso ombro em Posêidon que piscou sorrindo.

- Embora eu tenha amado meu filho e você não - disse o deus dos mares fazendo Hermes sorrir.

- Não foi só você que o amou - Hermes disse levantando as sobrancelhas claras.

- Eu sei.

Posêidon se limitou a dizer isso.

- Não é lenda Zeus - Hermes começou - sabe da história tão bem quanto eu, Perseu matou sim uma górgona mas não fora Medusa, foi uma das filhas dela que todos pensam que era a própria pois o semideus ergueu a cabeça e petrificou um exército inteiro.

Hermes sabia da verdade pois fora conselheiro de Perseu naquela época, sempre desconfiava da história onde o guerreiro foi por trás e cortou a cabeça de serpentes da mulher. O próprio Perseu confessou em seu leito de morte à verdade para o deus mensageiro.

- A primogênita idêntica à mãe que tinha os mesmos poderes - Ares disse balançando a cabeça - Perseu mentiu quando disse que matou Medusa.

- Não, não mentiu. As pessoas pensam que ele a matou mas o próprio nunca disse tal coisa, simplesmente deixou que as pessoas acreditassen no que tinham visto.

- É bom pararmos de dizer isso em voz alta, as paredes tem ouvidos - Apolo disse em tom sério e todos os deuses olharam em volta.

Pessoas olhavam mesmo para eles mas não eram por conta da história que falavam e sim por causa de tamanha beleza no mesmo lugar, era quase hipnotizante. Desde quando chegaram a dona da taberna disse que seus clientes aumentaram, vinham comprar apenas um limão só para vê-los de perto, uma adolescente corado uma vez disse até que eles pareciam deuses e Zeus temeu que eles ficassem ali por muito tempo.

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