Capítulo 06

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Dia 55

O mar estendia-se para o infinito até beijar o azul do céu, nuvens pesadas e brancas eram arrastadas pelo vento incessante e a maresia deixava seus lábios com gosto salgado das águas onde ondas rugiam em todo seu poderio.

Posêidon mal acreditou quando o tornado os trouxeram para casa. A primeira coisa que viram foi a floresta tão verde, cheia de árvores e animais naquela época. A cidadela estava repleta de gente mas não tinha nenhum rosto conhecido ou que se lembrassem e o mar mais distante para lá da Ilha de Hefesto quebrava em ondas. O templo dos deuses ainda branco, feito de mármore e majestoso na maior colina do Monte Olimpo.

Era bom demais para ser verdade mas antes de comemorarem a possível volta para o futuro observaram com mais atenção cada detalhe e sim, não voltaram coisa nenhuma. Estavam regressando no tempo, épocas mais perto de Pangeia. O único que ficou contente fora Zeus.

Servos e moradores aglomeravam as vielas da cidade na base da montanha, crianças corriam com criaturas mágicas na floresta ao redor, Apolo sorriu, grato por está de volta. O tornando quando atingiu o chão não roubou a atenção de ninguém pois eles já estavam acostumadas com toda aqueles truques dos deuses olímpicos.

- Mas o que? - Posêidon foi o primeiro a indagar

- Estamos no Olimpo sim, mas no passado - Zeus afirmou.

- Há guerreiros ali - tinha apontado Ares.

- Ah não - quando Posêidon viu as armas sendo polidas e espadas afiadas por semideuses vestidos prontos para uma guerra um arrepio subiu por sua espinha.

Viraram para os pontos chaves onde ficavam os portões cintilantes de vidro do Olimpo, que basicamente ficava se encontravam em algumas colinas ao redor da montanha maior e todos estavam sendo guardado por tropas armadas, catapultas e pedras gigantes estavam sendo preparadas e homens levavam carros de mão feitos de madeira colina acima.

Além dos semideus homens, clãs das semideusas estavam vestidas para batalhas e empunhavam espadas, clavas, arcos e machados. Um grupo de fadas às seguiam com empolgação.

- Você acha que é a mesma época? - Apolo perguntou para o deus dos mares, assustado.

Um cidadão idoso passava carregando nos ombros um saco repleto de batatas, Zeus tocou em seu ombro, o homem reverenciou o deus dos raios e ergueu a cabeça calva e enrugada para encarar os olhos dele. Zeus perguntou ao velho com cautela:

- Por que estão fortificando as entradas do Olimpo?

- O senhor esquece-se? Bom, será uma honra relembrar seu brilhante plano para defender... O Monte - o velho tossiu e deixou que seu saco de batatas caísse no chão.

- Eu fiquei fora um bom tempo então...

O velho não ligou para a explicação e ergueu uma mão interrompendo Zeus.

- As tropas só estão tomando medidas protetivas para com o povo senhor. Se o exército de Homens Ferozes do deus dos infernos atravessarem aqueles portões estamos mortos.

O velho pegou seu saco de batatas e seguiu seu caminho. Aquilo já era confirmação suficiente para os sete deuses olímpicos que se entre olharam.

- É claro - Posêidon sentiu o coração apertar, seu filho estava de novo vivo mas seria por pouco tempo - a Batalha dos Bravos está para começar.

Uma das mais sangrentas e fatais batalhas que o Monte Olimpo já presensiara onde centenas de semideus morreram defendendo os portões do lugar. Felizmente conseguiram impedir o assalto mas o preço fora muito, muito caro.

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