Time Flies [Frerard]

Capítulo 11

Oi gente! Vocês estão bem? Eu espero que sim! Esse capítulo ficou um pouco grande, espero que não se incomodem. Enfim, feliz ano novo para vocês! Eu realmente espero que 2021 seja um ano melhor do que essa bagunça que foi 2020. Até o ano que vem <3

Ps: Talvez eu não consiga postar o capítulo 12 semana que vem, estou um pouco atarefada essa semana mas vou tentar arranjar tempo para escrever!

Gerard buscou Bandit na escola. A viagem foi silenciosa, assim que a menina percebeu que o pai não estava muito bem, ela fez questão de perguntar o que havia acontecido mas teve um "estou bem" vazio como resposta. O silêncio prevaleceu, tanto no carro, quanto horas depois quando se sentaram à mesa para jantar. Gerard achou que estava fazendo a coisa certa poupando a filha dos detalhes de seus sentimentos e sobre Frank, mas isso deixava seu interior completamente bagunçado, sentia-se culpado. Mas qualquer sentimento de culpa seria mais fácil de se aguentar do que ter de contar aquelas coisas para a filha, já bastava o que ela tinha passado durante o divórcio, não deixaria seus próprios problemas afetarem Bandit novamente.

Após o jantar, colocou comida para Mitch, e fez questão de arrumar a cozinha sozinho. Disse para a filha não se preocupar em ajudar na arrumação naquela noite. Ela deu as costas e subiu as escadas sem dizer mais nenhuma palavra além de um "boa noite".

Gerard precisava manter sua cabeça distraída com outras coisas para evitar pensar em Frank e no que havia feito. Ainda se sentia como um completo imaturo impulsivo por ter se deixado levar naquele momento. Terminou de guardar a louça nos armários, e em seguida subiu as escadas num ritmo lento, com uma das mãos deslizando sob o corrimão devagar, como se pudesse prolongar o máximo possível aquela pequena travessia para o andar de cima com o intuito de manter seu corpo fazendo algo. Qualquer coisa era válida para tentar se distrair de deus demônios internos que insistiam em lhe inundar com o mais puro estado de culpa.

A porta do quarto da filha estava fechada. Não iria nem sequer tentar dirigir a palavra com ela. Às vezes achava que nada do que fazia era o suficiente, quanto mais tentava proteger Bandit, mais difícil a situação se tornava, e mais a menina se fechava numa bolha solitária. Mas simplesmente não conseguia contar o motivo pelo qual se sentia assim, aquilo iria causar uma confusão ainda maior do que a indiferença e decepção que a filha demonstrou assim que abriu a boca para dizer aquele simples "estou bem" falso. Tinha certeza de que ela havia percebido que estava mentindo, mas de qualquer forma, não podia fazer nada para mudar isso.

Gerard entrou no próprio quarto, sentou-se na beirada da cama e ficou ali por algum tempo, encarando um ponto no escuro, a luz da lua iluminando seu rosto inexpressivo por uma fresta na cortina aberta. Era como se aquilo não estivesse acontecendo, como se seu cérebro entrasse em negação e nada mais fosse real. Mas sabia que aquela sensação era apenas um mecanismo criado por si mesmo para aliviar o sentimento de arrependimento, culpa e constrangimento. Aquilo havia acontecido há algumas horas atrás, e a maior prova disso era seu celular no modo avião. Sabia que Frank enviaria mensagens ou tentaria ligar, conhecia muito bem o homem, então apenas ativou o modo avião para nem sequer ouvir os sons de notificação do aparelho. Sim, considerava ignorar alguém dessa maneira um ato imaturo e covarde, mas não estava pronto para voltar a falar com Frank, nem por mensagens, ou por ligações e muito menos pessoalmente. Mas de qualquer forma, teria que dar aula para a turma de Cherry depois de amanhã, uma hora ou outra acabaria dando de cara com Frank Iero e sentia que isso não acabaria de uma maneira boa por conta de sua própria teimosia e orgulho.

Resolveu tomar um banho quente. Precisava relaxar e tirar todos os resquícios de que aquele ato de impulsividade havia sequer acontecido. Ele queria que suas inseguranças e orgulho pudessem ser lavados de seu corpo como simples resquícios de sujeira, mas não era tão simples assim, quem dera que fosse.