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Fiquei um bom tempo pensando no que eu queria transmitir com essa fic, e acho que a música Don't Stop Dancing, do Creed, resume bem

Às vezes a vida é má e eu não consigo ver a luz
Um pensamento positivo às vezes não é suficiente

Mas eu sei que devo seguir em frente
Embora me machuque, devo ser forte
Porque no fundo eu sei que muitos se sentem assim

Crianças, não parem de dançar
Acreditem que vocês podem voar
Para longe, bem longe

Não parem de dançar, sonhar e acreditar! Feliz ano novo para todos 🥰🥰


—Acho melhor você maneirar, Batsy.

Tirei o copo da mão dele, depositei na mesa do lado da garrafa de bourbon — um nome chique para o whisky importado do Kentucky — antes que ele ficasse mais corado. Estávamos conversando e aproveitando a companhia mútua sentados no carpete, apoiados no sofá, e mesmo que ele tenha tomado apenas um copo pequeno achei melhor intervir.

—Por que? Eu gostei, nunca tinha bebido bourbon antes.

—Você é novo demais para beber assim.

—Quando você me beijou naquele parque eu não era novo demais.

Eu ri do seu comentário e do seu esforço para pegar o copo da mesa atrás de mim.

—Vai jogar na cara mesmo?

—Sim, eu quero meu copo de volta Izuku.

Ele falou as sílabas do meu nome com pequenas pausas e parou na minha frente, as mãos apoiadas no lado do meu quadril, sorrindo torto. Eu segurei na sua nuca e o beijei. Por causa da bebida sua boca tinha um gosto de caramelo, mirtilos e um toque de chocolate amargo, muito gostoso. Aquele bourbon era um dos mais puros e diferentes que eu já havia provado, tal sabor combinado com o do Shoto, compôs a sobremesa perfeita. No fim do beijo, contornei seus lábios usando minha língua, queria mais do seu sabor único. Dei um selinho antes tomar um gole do seu copo e o devolver para ele.

—Só estou devolvendo por que o sabor combina com você.

—Obrigado — Ele tomou um gole pequeno — Enfim, como vai o artigo?

—Ainda estou juntando material antes de escrever.

—Você vai me mostrar quando estiver pronto?

—Se você quiser.

—Eu quero.

Ele deitou a cabeça no meu ombro olhando para o copo. Shoto era do tipo que ia se soltando aos poucos e agora estava totalmente à vontade ao meu lado, tanto que estava brincando com o meu cabelo, o enrolando nos dedos.

—Preciso cortar meu cabelo assim que eu voltar.

—Não faz isso, seu cabelo é bonito assim.

—Você acha?

—Acho, você é muito bonito, Izuku.

—Obrigado — Aquele carinho estava me deixando relaxado e tranquilo.

—Tão bonito que até chamou a atenção do Bakugou.

Shoto deixou escapar casualmente. Tinha me esquecido que ele nos viu mais cedo, só esperava que ele não fizesse caso daquilo.

—Você o conhece?

—Já o vi algumas vezes com meu pai  e na escola— Shoto respondeu entre goles do copo.

CicatrizOnde histórias criam vida. Descubra agora