Capítulo 14

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Sina esperava impaciente enquanto Noah falava com o Sr. Deinert.

Assim que ele saiu do escritório, o pai a chamara. Sina deu uma última olhada em Noah antes de fechar a porta. Ali estava ele, seu futuro marido.

Ele piscou para ela, um sorriso tímido nos lábios perfeitos dele.

E então, ela fechou a porta.

Quando e virou para encarar o pai, ele logo disse:

— Si, perdeu a cabeça? Eu achei que odiasse este homem.

— Não, papai.

— Ele é rico, certamente, e você terá mais carruagens finas que Any. Mas isso a fará feliz?

— Não tem outra objeção além de sua crença em minha indiferença?

— Nenhuma. Bem, todos sabemos que ele é um sujeito orgulhoso e desagradável. Mas isto não importaria se gostasse mesmo dele.

— Eu gosto dele.

— Bem.

— Na verdade, eu o amo.

O pai a encarou alarmado.

— Ele não é orgulhoso. Estava enganada, estava completamente enganada sobre ele. Você não o conhece, pai. Se eu lhe dissesse como ele realmente é, o que ele fez.

— O que ele fez?

Então Sina contou tudo. Contou sobre Joalin, contou sobre Any, contou sobre seus verdadeiros sentimentos.

Quando terminou de contar, o Sr. Deinert soltou um suspiro.

— Bom Deus. Devo pagar a ele.

— Não. Não deve dizer a ninguém. Ele não gostaria disso. Nós o julgamos mal, papai, eu mais que qualquer um, em todos os aspectos, não apenas neste. Eu fui ridícula. Mas ele foi um tolo quanto a Any e a tantas outras coisas. Mas eu também fui. Sabe, ele e eu somos... Somos tão parecidos. Somos ambos teimosos. Papai, eu...

Sina não sabia se sorria ou se deixava as lágrimas caírem. Mas o Sr. Deinert já se encontrava aos prantos olhando para a filha.

— Você realmente o ama, não?

— Muito.

— Não posso acreditar que alguém possa merecê-la, mas parece que estou enganado. Então, dou meu sincero consentimento.

Sina envolveu o homem em um abraço e lhe beijou a testa.

— Muito obrigada.

— Não poderia deixá-la, minha Si, por alguém menos valioso.

Assim que a filha deixou seu escritório, o Sr. Deinert declarou estar disposto a atender qualquer jovem que quisesse se casar com as outras duas filhas restantes.

Algum tempo depois.

Era noite, quando Sina foi para uma das enormes sacadas de Pemberley. Ela sorriu ao sentir braços a agarrarem por trás, a prendendo em um abraço apertado.

Noah começou a beijá-la pelo pescoço, e parou assim que ouviu a risada dela.

— Como você se sente agora, minha querida?

— Muito bem. A propósito eu gostaria que você não me chamasse de "minha querida".

— Por que?

— Porque é como meu pai chama minha mãe quando ele está preocupado com alguma coisa.

— Qual pronome você me permite chamá-la?

— Deixe-me pensar. "Si" para o dia-a-dia. "Minha jóia" para os domingos, e... "Divindade". Mas apenas em ocasiões especiais.

Ele sorriu largamente para ela. O sorriso perfeito.

Então a soltou, a puxando pela mão até que ficassem de frente um para o outro.

— E como posso chamá-la quando estiver preocupado? "Sra. Urrea"?

— Não, você só poderá me chamar de "Sra. Urrea" quando você estiver completamente, perfeitamente e ardentemente feliz.

Noah colocou as mãos no rosto dela, se aproximando lentamente enquanto perguntou num sussurro rouco:

— E como você se sente agora, Sra. Urrea?

Ele lhe beijou a testa, depois uma das bochechas, descendo para o canto da boca enquanto sussurrava:

— Sra. Urrea. Sra. Urrea. Sra. Urrea.

Só parou de sussurar quando seus lábios finalmente se encontraram com os dela, em um beijo casto e apaixonado.

Sina jamais se sentiu tão viva.

...

Fim.

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