Capítulo 13

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Já era noite quando deitados em suas camas, o Sr. e a Sra. Deinert conversavam antes de apagarem as velas e dormirem. Ambos estavam aliviados e felizes por Any e Josh.

— Tenho certeza de que ficarão bem juntos — Disse o homem, com a voz arrastada. — Seus temperamentos são muito parecidos. Mas eles serão enganados assiduamente por seus criados e serão tão generosos com os outros que excederão sempre o orçamento.

Ela riu junto com ele.

— Exceder o orçamento? Ele recebe £5 mil por ano — A Sra. Deinert soltou um suspiro. — Sabia que ela não podia ser tão bonita por nada.

No quarto ao lado, Hina lia um conto para Sofya, que ao invés de prestar atenção já se encontrava bocejando de sono.

Um pouco em cima, no outro quarto, Sina e Any riam juntas enquanto se preparavam para dormir.

— Pode-se morrer de felicidade? — Any perguntou, sentindo a barriga doer. — Sabe, ele não sabia que estive em Londres na primavera.

— Por isso não a procurou.

— Ele achou que eu lhe fosse indiferente.

Sina abriu um sorriso.

— Impenetrável.

— Sem dúvida, envenenado por sua irmã perniciosa.

— Bravo! — Sina disse alto.

Aquilo poderia ser um marco histórico. Any estava finalmente pensando mal de alguém. Alguém que de fato era bem má.

— Acho que esta é a declaração mais cruel que você já fez.

Any a olhou, os olhos brilhando da mais genuína felicidade.

— Ah, Si, se eu pudesse vê-la feliz deste jeito. Se houvesse outro homem assim para você.

Sina se limitou em abrir um pequeno sorriso. Não contou para Any sobre Noah. Não contou para ninguém.

— Talvez o Sr. Beauchamp tenha um primo — Ela respondeu, mascarando seus verdadeiros sentimentos com seu bom e velho sarcasmo.

Any caiu na gargalhada.

Neste instante, barulhos foram ouvidos em frente a casa dos Deinert. Era uma carruagem.

Imediatamente, as portas dos quartos foram abertas e seus pais e as irmãs desceram. Havia alguém na porta.

O cachorro latia sem parar, em alerta para o caso de ser algum ladrão. Mas assim que a porta foi aberta, todos se surpreenderam.

— Lady Catherine — Sina falou, enquanto se curvava.

A velha nem se preocupou em saudar ninguém. Foi entrando na casa, passando por todos e por fim, se virou para encará-los.

— São suas irmãs, eu presumo — Olhou para Sina. A loira não entendeu o olhar severo e irritado da mulher.

— Todas menos uma, a mais nova se casou recentemente, Vossa Senhoria — A Sra. Deinert se pronunciou. — E a minha mais velha foi pedida em casamento esta tarde.

Ela disse, orgulhosa. Mas tudo o que recebeu em troca após esta declaração foi:

— Tem um jardim muito pequeno, senhora.

— Posso lhe oferecer uma xícara de chá, Vossa...

O senhor Deinert foi cortado.

— Absolutamente não. Preciso falar com a Srta. Sina Deinert a sós. É urgente.

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