Neste conto de Jane Austen ambientado no século 19, a Sra. Deinert espera casar suas filhas o quanto antes com homens ricos. Porém, diferente de suas irmãs, Sina não tinha este pensamento e tão pouco esta ambição.
Baseado no filme Orgulho e Preconce...
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Os bailes que a família Deinert frequentava eram geralmente os públicos, onde a maioria das famílias na mesma posição social costumava frequentar.
Sina gostava de pensar que eram os mais divertidos. Sem a frescura toda das santas boas maneiras a todo momento que os bailes dados por pessoas ricas e refinadas costumavam exigir. Poderiam dançar em paz, rir e pular. Aquilo sim era uma diversão.
Não havia damas ou cavalheiros pomposos com seus vestidos e ternos de grife requintados. Parecia uma liberdade maior.
Não que Sina já tivesse frequentado muitos bailes particulares. Mas os poucos que já havia ido, teve que se segurar para não exigir que a orquestra tocasse uma música mais animada. Ela se sentia mais em um velório do que em um baile.
Joalin e Sofya pulavam entre os demais cavalheiros e damas no centro do salão. Sina e Any, estavam lado a lado rindo e observando a falta de sincronia das irmãs, enquanto do outro lado do salão estava o Sr. e a Sra. Deinert. A mulher estava impaciente e só conseguia prestar atenção nas pessoas que chegavam. Estava mais ansiosa do que as filhas para a chegada do tal Sr. Beauchamp. Hina estava com os pais, sentindo falta da paz e do sossego de sua casa.
- Se todos os homens do salão não terminarem a noite apaixonados por você, então não sei julgar a beleza - Sina disse alto no ouvido da irmã ao seu lado.
- Ou de homens - Any respondeu sorrindo.
- Não, eles são menos complicados - Sina riu.
- Não são todos ruins.
- Ah, tolos sem humor, na minha experiência limitada.
- Um dia destes, Si, você irá conhecer alguém e aí vai ter que controlar a sua língua.
Sina sorriu para a irmã. Não acreditava naquilo, mas era bom ouvir Any a censurando desta forma tão cômica, como sempre fazia. Heyoon Jeong, amiga de longa data de Sina, estava ao seu lado observando as duas com um sorrisinho de canto.
E então de repente, a música parou. As palmas e risos pelo salão foram parando junto.
Toda a atenção do lugar foi voltada para a enorme porta, e um silêncio mórbido se fez presente. Era quase ensurdecedor se levar em conta que a poucos segundos atrás, estava uma barulheira só.
Dois cavalheiros acompanhados com uma dama estavam parados lado a lado em frente a porta. As pessoas abriram caminho no meio do salão, ainda encarando os três como se fossem seres jamais vistos.
Sina esticou o pescoço para olhar melhor onde estava os alvos de tantos olhares perplexos. Sorriu divertida, ao perceber logo de cara quem devia ser aquelas pessoas.
O pai de Heyoon, Sr. Jeong, fez a cordialidade de se aproximar dos três e comprimenta-los dando as boas vindas.
- Que bom que veio - O homem disse, recebendo um sorriso simpático do único loiro entre os três.
