Neste conto de Jane Austen ambientado no século 19, a Sra. Deinert espera casar suas filhas o quanto antes com homens ricos. Porém, diferente de suas irmãs, Sina não tinha este pensamento e tão pouco esta ambição.
Baseado no filme Orgulho e Preconce...
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As camas do quarto que Sina e Any dividiam estavam juntas, grudadas lado a lado já que assim as irmãs acabavam dormindo juntas e mais perto uma da outra. Mesmo após dançarem e cansarem em um baile, elas ainda tinham o que conversar. Especialmente Any, que estava encantada em um certo assunto.
- O Sr. Beauchamp é exatamente como um homem deveria ser. Sensível, bem humorado...
- Bonito, convenientemente rico - Sina a interrompeu rindo.
- Sabe muito bem que não acho que o casamento deva ser motivado por dinheiro.
- Eu concordo plenamente! Só o amor profundo irá me persuadir a casar, e é por isso que ficarei solteirona - A loira disse tranquilamente.
Any sorriu para ela, já acostumada com aquele tipo de conversa vindo da irmã.
- Acha mesmo que ele gostou de mim, Si? - Perguntou quase como que sussurrando.
- Any, ele dançou com você a maior parte da noite e olhou para você o restante dela - A loira respondeu como se fosse óbvio, despertando uma risadinha da mais velha. - Mas eu lhe dou permissão para gostar dele. Afinal, você já gostou de pessoas mais estúpidas. Você sempre teve uma tendência de gostar de pessoas em geral, todo mundo é bom e agradável ao seus olhos.
- Não o amigo dele. Ainda não acredito no que ele disse sobre você.
- O Sr. Urrea? - Sina abriu um sorriso de canto ao se lembrar do homem. - Poderia facilmente perdoar a vaidade dele se não tivesse ferido a minha. Mas não importa. Duvido que nos falaremos novamente.
Any a olhou com compaixão. Sabia que Sina jamais deixaria transparecer sua chateação com as palavras do homem que mal a conhecia e já a julgou tanto.
Mas Sina de fato já não se importava mais. Sabia que embora tivesse sido claramente rejeitada no baile pelo homem, não precisava se preocupar já que as chances de se verem de novo eram mínimas.
Na manhã seguinte as cinco moças, o Sr. e a Sra. Deinert estavam ao redor da mesa já tomando seu café da manhã. Sra. Deinert estava ainda tão animada quanto estava no dia anterior, e não parava de tagarelar sobre o baile e o Sr. Beauchamp.
- E então ele dançou a terceira com a Srta. Jeong.
- Estávamos todos lá, querida - Disse o marido com um resmungo.
- Coitada. É uma pena que não seja mais bonita. É quase uma solteirona. E não há mais dúvida. A quarta que ele dançou era de uma família obscura, e a quinta, novamente com Any.
- Se ele sentisse pena de mim, teria torcido o tornozelo na primeira parte - O Sr. Deinert respondeu.
- Sr. Deinert, do jeito que fala podem pensar que nossas filhas estão atrás de uma grande herança. Quando morrer, Sr. Deinert, o que não deve demorar, nossas filhas ficarão sem um teto sob suas cabeças e sem um centavo em seu nome!