Capítulo 6 - Passagens ao Inferno

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                               AVISO

Este capítulo contém mensão a violência e abuso. Em caso de sensibilidade a este tipo de tema é recomendado que não o leia. Obrigado por sua atenção.
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Data:16 de agosto de 1985.
Local: Londres trouxa.
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Sem um consentimento, horas haviam se passaram como um vento cortante atravessando quem quer que fosse em seu caminho, sem se importar com nada que tentasse o impedir. O sol encontrava se para partir, para que em breve a lua pudesse ressurgir por seu turno e velar por aqueles que necessitavam de sua presença.

Os dois gêmeos, aos poucos, forram obrigados por suas mentes a recuperarem seus sentidos, quando a estranha substância se neutralizava de seus corpos. De modo atordoado, ambos tentaram enxergar a sua volta, para que pudessem entender, o que estava acontecendo. Todavia, somente puderam perceber que algo estava sobre suas cabeças, cobrindo sua visão e os impedindo de se localizarem.

Com suas mentes ainda em pouco funcionamento, os dois seres tentaram se mover, em uma pequena tentativa de recuperar seu pouco sentimento de conforto proprio, no entanto no mesmo instante sentiram que seus braços estavam firmemente amarados, executando um rápido choque e desperta, que os fez ficarem em um estado de alerta.

–Acho que eles finalmente acordaram.– os seres pararam ao ouvir uma voz, qual lhes era familiar, contudo não conseguiam se lembrar de onde a haviam ouvido antes.

Uma forte luz invadiu sua visão, quando o que parecia ser um capuz preto foi retirado de sobre as cabeças do par, os fezendo fechar seus olhos com força, antes que conseguissem os abrir aos poucos, se acostumando com a claridade.

Os gêmeos, com suas nada agradáveis experiências extravagantes, começaram a passar seus mais frios olhares pelo local que se encontravam, cravando em suas mentes cada traço do lugar. Eles notaram que no local, que mais condizia com um escritório, tendo seu piso em um tom perolado opaco, paredes cinzas, janelas com cortinas escuras e uma estante com alguns livros, um homem residia sentado a uma grande mesa ao centro da sala.

Rapidamente constatando que o indivíduo deveria ser o mandante do local, o par observou o homem, o qual tinha uma aparência velha, estando em seu sobrepeso e sua cabeça contendo ralos cabelos esbranquiçados, que os estava olhando fixamente de uma maneira estranha, exercendo uma breve dúvida passar sobre ambos os garotos.

–Como eu havia dito, esses são os irmão do garoto! Tenho certeza que eles serão de muita utilidade ao senhor! Então o que me diz, senhor?–  Uma onda de raiva passou pelo par ao ouvir uma voz que a muito tempo não ouviam.

Se virando minimamente, os gêmeos conseguiram enxergar o homem magricela de cabelos desbotados, pele pálida e olhos escuros, o qual haviam visto somente poucas vezes antes. Porém, que haviam sido o suficiente, para que pudessem saber o lixo que o homem era.

Você?– Os gêmeos recitaram em conjunto, com suas vozes em um tom de raiva sobreposto, observando o homem em questão se virar em seu direção e esbanjar um sorriso, que os seres só poderia descrever como podre.

O homem se aproximou lentamente do par e agachou-se, passando a mão pelo cabelo de ambos de forma calma e suave, enquanto observava os olhares de puro ódio dirigidos a si que vinham do pequeno par, quais ele sabia que a muito tempo o desprezavam.

–Olá meninos, sabiam que eu ouvi dizer que vocês andam se metendo em muita encrenca ultimamente?!– O homem brincou, como se fosse um tio gentil e a situação a seu redor não fosse nada –Vocês não deveriam ficar fazendo isso, seus irmãos ficam muito preocupados com vocês, sabe?– Ele observou o olhar de ódio se intensificar nos grandes pares verdes, enquanto esboçava um sorriso zombador –Falando em seus irmão, como anda o Anthony? Ouvi dizer que ele estava com uma divida muito grande! Ah aquele menino, sempre se metendo nesse tipo de coisas! Olha, espero que saibam, que sempre estou disposto a emprestas um pouco de dinheiro, mas– O homem foi calado de suspensão com uma forte dor o atingindo, como se alguém tivesse o socado repentinamente em suas costas.

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