Capítulo 7 - Revelações (In)Suficientes.

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Data: 17 de agosto de 1985.
Localização: Londres trouxa.
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Ao decorrer de seu turno, a lua se despedia com um breve pesar, dando de seu posto a grande bola de fogo, a qual rapidamente executava com que sua luz se sobrepunha a todos os cantos, acordando aqueles os quais deveriam de fazer suas diárias rotinas.

Simultâneo aos fracos raios de luz, os seres encontrava se despertando de seu passivo sono, que havia deixado, por brevemente momentos, que suas preocupações se afastassem de si, os deixando com um falso senso de segurança. O par com suas mentes pouco despertas, se mantinham sem recordarem dos acontecimentos de sua noite anterior, com apenas pequenos fragmentos passando entre suas memórias.

Os poucos resquícios de sono, que insistiam em pairar sobre os gêmeos, foram precipitadamente arrancados de si, quando em meio ao nada, a figura de uma mulher se materializou claramente em sua frente. A repentina aparição, juntamente ao fato de suas mentes ainda estarem entorpecida pelo sono, fizeram com que o par se afastasse rapidamente, ocasionando em sua repentina queda ao chão, gerando macabros risos vindo do estranho ser.

–Se acalmem, meus adoráveis seres. Não lhes farei nenhum mal!– A entidade pronunciou divertida, enquanto mirava a confusão pairar sobre, as agora, grandes orbes verdes. Um brilho de familiaridade passava pela mente do ente ao observar os seres trocarem olhares de questionamento, previamente a levantarem se vagamente e rumarem em sua direção, parando a poucos passos de si.

–Quem é você?
–Como fez aquilo?
Os gêmeos proferiam, deixando com que sua curiosidade dessem o melhor sobre si, sentindo a necessidade de sua curiosidade ser sanada, ao passo que uma pequena parte de suas mentes os alertava, que deveriam ter mais cautela ao lidar com a estranha mulher, todavia uma parte maior, junto a seus instintos, se sobresaiam de que não precisavam temer a mesma.

–Eu, pequenos seres, sou aquela que a milênios anda por este e diversos outros lugares, recolhendo e guiando por seus devidos caminhos, aqueles com os quais suas horas chegaram a seu fim térreo! Conhecida por muitos nomes, temida por alguns e aguardada por outros! Eu sou aquela que lhes trará seu último adormecer, A Morte!– A entidade proferiu com um grande sorriso adornando por seus lábios, enquanto observava as inesperadas reações dos seres.

A entidade, por pouco tempo, tolamente prévia a si quais poderiam vir a ser as diversas reações, que poderia provocar sobre os seres, variando entre pânico absoluto e descrença total, sem nunca congitar a ideia das positivas reações que adornaram os dois pequenos seres, quais dirigiam a si adoráveis sorrisos e grandes orbes recheadas de expectivas.

–Você é realmente a morte?–
–Como é ser você?–
–É verdade, que é tudo escuro depois que morre?–
–Ou existe algum tipo de limbo e reencarnação?–
Os gêmeos intercalaram empolgados, esperando impacientes por suas respostas, pois seu interresse sobre assuntos tão "sombrios" quanto esses, sempre viviam se rodeando sobre suas mentes, contudo tudo o que presenciaram havia sido as altas gargalhadas vindas da entidade, fazendo com que ambos trocassem um olhar de dúvida entre si.

–Eu acho que realmente fiz a coisa certa ao lhes dar minha benção!– A entidade, após recuperar se de sua onda de incessantes risos, proferiu vendo o par inclinar suas cabeças de maneira adorável, demonstrando sua confusão a fala da mesma –Ah, claro. Eu esqueci que vocês não podem se lembrar! Erro meu! Só um segundinho, pequenos.– A entidade, proferiu se aproximando do par, parando em frente aos mesmos e colocando suas mãos sobre a cabeça de ambos.

Os gêmeos ainda confusos pelas ações do ser, sentiram fortes dores pulsarem em suas mentes, enquanto lembranças, que outrora havia sido seladas, a invadiam e se fixavam em si, juntamente a quente sensação do que parecia um cobertor rodear por todo o seu ser, os passando uma confortável sensação de estarem voltando a ser aquilo que desde o início deveriam ser.

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