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 Th 

Sabe quando você tá pilhadão com umas parada que nem você sabe o que é? Era assim que eu tava me sentindo.

Passei o dia inteiro assim, cabeça tava a mil, só queria me isolar, ficar sozinho. Nem pensei muito, peguei minha moto é pie pra praia o único lugar que me acalmava sempre que eu tava assim. Desde de moleque e vinha aqui sempre que eu tava mal. Hoje não ia ser diferente. Sentei num lugar mais afastado da vista das pessoas é fiquei ali marolando.

Th: Tá me seguindo é maluca?

Clara: Eu? Eu moro aqui em frente meu bem, quem tá me seguindo é você. Eu hein.

Th: Senta aí, aproveita que eu tô legal. – Falei olhando ela sentar. – Quer? – Ofereci o cigarro que eu tava fumando pra ela.

Clara: Eu não fumo não meu bem, longe de mim usar qualquer tipo de droga.

Th: Tá certa. Tem que usar essas parada mermo não. Eu já sabia que tu não curte isso, só te ofereci pra ter certeza.

Clara: Peraí, cê tá falando que eu tô certa em não usar mais tá usando? Hipocrisia não? – Sorriu incrédula.

Th: Só um pouquinho.

Clara: Pode usar suas drogas aí, o que mata mesmo é a droga do amor. – Disse deitando na areia.

Th: Tá sofrendo é?

Clara: Eu não! Mais já passei muita raiva por causa de homem. Próxima desilusão amorosa é eu volto a pegar mulher.

Th: Você? Pegava mulher?

Clara: Sempre peguei, mas de uns tempos pra cá eu parei, perdi a graça sabe? Acho que era só fogo mesmo, mais vez ou outra rola uns beijos por aí.

Th: Entendi.

Clara: Mesmo que eu já te agradeci pelo o que você fez, eu queria te agradecer de novo, valeu mesmo.

Th: Suave, agora quem me deve favor é você. – Falou rindo.

Clara: Ah, ótimo. – Disse rindo.

Fiquei ali conversando com ela por mó tempo que até perdir a hora, quando fui ver já ia dar uma da manhã.

Clara: Eu tenho que ir parceiro, sou maior de idade mais a minha me trata como criança já mandou dez mensagens aqui.

Th: Normal de mãe.

Clara: Fiquei sabendo da sua, mó chato essas parada aí.

Th: Minha mãe sempre foi a dona Maria, a mãe do Pk, ela quem me criou e me deu amor quando eu mais precisa. Essa daí que muitos falam que é minha mãe não merece o respeito de ninguém.

Clara: Boto fé. Também nem sei quem é meu pai, maluco abandonou a gente quando a minha irmã tinha nove anos.

Th: Uns cara desse uma hora pagar por tudo que faz, nisso eu boto fé. Tô indo pro morro quer que eu te deixe na sua casa?

Clara: Se você puder.

Fui subindo e ela veio do meu lado, entreguei o capacete pra ela que me falou onde morava e subiu na moto não demorou nem dez minutos e a gente já tinha chegado. Já sabia uma boa parte do caminho por desde de criança frequenta essas áreas aqui, deixei ela um pouco longe da entrada do condomínio pra não ficar mostrando a cara por aqui. Esperei ela entra e meti o pé pro morro.

 Tava suave de festa hoje então fui direto pra casa, tomei um banho é fiquei assistindo uns filmes aleatórios que passava na televisão até pegar no sono.

Lá no MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora