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Duda • 

Acordei antes das oito como sempre, tomei meu banho, me arrumei e organizei meu quarto. Fui direto pra cozinha tomar meu café depois de arrumar minha bolsa, assim que acabei fiquei fazendo uma horinha no sofá mexendo no celular até dar a minha hora de ir trabalhar.

Sair de casa e seguir meu caminho calma, como sempre, não tava atrasada então fui bem de boa.

Trabalho em um salão de beleza aqui perto de onde eu moro, a dona e amiga de infância da minha mãe, por isso me chamou pra trabalhar com ela, tô lá já deve ter uns seis meses. Gosto demais de lá, mas, mais pra frente eu pretendo fazer um curso, sei lá, algo que eu goste.

Cheguei é já tinha umas clientes me esperando.

O salão tava lotado hoje, quase nem tive tempo de sentar. Terminei de fazer tudo e sair pro meu horário de almoço, provavelmente a Clara também tava no horário de almoço dela então fui direto pro serviço dela.

Duda: Não atende o telefone mais não dona Clara?- Falei entrando na loja onde ela trabalha.

Clara: A foi mal amiga, minha mãe falou que você me ligou ontem e eu vi a suas chamadas no meu celular. Eu te liguei de volta mais você nem quis me atender, ficou com raiva foi?

Duda: Não né, eu dormir cedo ontem, tava mó cansada e como sempre eu deixo meu celular no silencioso vi que você ligou hoje de manha, ia te ligar de volta, mas preferir vim falar pessoalmente.

Clara: Fala o que? – Perguntou animada.

Duda: Então, tu vai ter que vir comigo pra ver.

Clara: Da pra gente ir agora? – Concordei que sim com a cabeça. – Espera só um pouquinho que eu já tô indo.

Sentei em um cantinho ali na porta da loja e esperei ela vim.

Clara: Fala logo Duda, aonde a gente vai cara? Quer me matar de ansiedade é?

Duda: Calma parceira, já, já a gente chega. Mas então, a tia falou que você saiu ontem toda arrumada falando que ia encontra um amigo, tava dando né safada? – Ela negou rindo.

Clara: Tava não, queria. – Fez bico. – Mas não tava.

Duda: Alá é quem foi o consagrado da vez?

Clara: O Th! – Olhei sem acreditar pra ela que riu.

Duda: Mentira! – Ela me olhou. – Amiga! Vocês ficaram? – Ela concordou que sim com a cabeça.

Clara: Foi do nada, ele me chamou pra ir na praia a gente lanchou e tals, ficamos andando na praia á toa até ele cismar que queria entrar na água é foi nessa que a gente ficou. Amiga ele beija bem demais. – Falou toda boba e eu só sabia ficar sem reação, tava nem acreditando, papo reto.

Quando fui ver a gente já tinha chegado no nosso destino.

Duda: Então, disfarça essa tua cara de boba aí que o Th tá aí. – Falei entrando na frente.

Clara: Tá, mas a gente tá fazendo o que aqui?

Duda: A gente? Esse daqui vai ser o nosso puteiro amada, nossa nova casa parceira. – Ela deu maior sorissão.

Clara: Mentira, amiga é serio? – Confirmei que sim.

Era uma casa do jeitinho que a gente tinha em mente, três quartos, sala conjugada com a cozinha e dois banheiros, tudo isso na parte de baixo. Em cima era tipo um salão de festa tinha um banheiro pequeno pra caso tivesse festa e uma mini cozinha. Sem falar a visão maravilhosa que a gente tinha de quase todo o morro daqui de cima.

Na verdade era até melhor do que a gente queria. Como é o Th quem cuida dos alugueis das casas daqui ele veio antes da gente é ficou esperando, pra mostrar a casa e entregar a chave pra gente.

Fiquei conversando com eles por um tempinho até ficar sobrando por ali.

Duda: Tô de vela por aqui né? Tô metendo o pé, amo vocês.

Sair sem deixar eles falarem nada e fui pra uma lanchonete que tinha aqui perto, comprei uma coxinha e uma coca pequena e fui comendo, indo em direção ao salão, já que meu horário de almoço tava quase acabando.

Lá no MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora