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 • Magrinho

Te falar, já tava ficando puto com o tanto que a Eduarda apertava a minha mão, porra já não tava nem sentindo ela mais.

Cheguei no hospital cinco minutos antes dela entrar na sala de parto. Só deu tempo de colocar uma roupa lá que eles sempre dão pros acompanhantes e entrar com ela.

- Ele já está quase vindo mãezinha, você só precisa fazer mais força. - A moça que estava ajudando no parto falou.

 Duda: Moça pelo amor de Deus, eu não aguento mais.

 Magrinho: Só faz o que ela tá pedindo pô - Falei olhando pra ela que me encarou feião.

Ela apertou a minha mão com força mais uma vez e não deu nem tempo de reclamar, só ouvir um choro fininho ecoar pela sala. 

Olhei pro médico que segurava ele e te falar, o menó era a coisa mais linda, papo reto.

Namoral, vê o meu filho saindo de dentro da minha mulher foi uma parada loucana mermo, papo dez.

Ela tava lá toda boba olhando os médicos corta o cordão umbilical do Marcelo e estava de mão dado com ela.

Magrinho: Caralho tu apertou a minha mão de um jeito que puta que pariu, achei que eu ia ficar sem namoral. - Ela negou rindo.

- Aqui papais o bebê de vocês. - Olhei ela colocar ele em cima da Eduarda que chorava toda lerdona.

***

Magrinho: Ele é a minha cara pô!

Duda: O menino acabou de nascer Felipe, tá todo inchado, não tem cara de ninguém ainda. - Falou rindo.

Magrinho: Deixa de inveja cara, qualquer um ver isso.

Clara: Vim ver o meu afilhado. - Falou entrando junto com o Th. - Sofreu muito Eduarda? - Falou enquanto passava álcool nas mãos e logo em seguida pegou o Marcelo do meu colo.

Duda: Se eu sofri? Cara a palavra sofrer é pouco.

Clara: Ele é muito fofo, da vontade de morde! Olha amor. - Falou mostrando ele pro Th.

Magrinho: Se liga, o maior pegado das novinha pô.

Duda: Esse Felipe fala cada coisa nada haver, agora a pouco falou que o Marcelo é a cara dele, a criança acabou de nascer nem parece com ninguém.

Clara: Aném. - Falou rindo.

Magrinho: Não vou nem discutir contigo porque eu sei que é inveja. Vai vendo!

Th: Cê brinca demais. - Falou olhando o Marcelo resmungar no colo da Clara.

Duda: Acho que ele quer mama. - Falou e Clara deixou ele no colo dela. - Agora é tentar colocar em prática tudo o que a enfermeira me ensinou.

Th: Tô saindo, fé pra vocês aí.

Clara: Vai embora?

Th: Tô querendo, vim só ver o meu afilhado nascer, posso ficar muito tempo aqui não.

Clara: Faltam vinte minutos pra visita acabar, me espera que eu vou contigo.

Th: Tá, falou aí Duda, se cuida e cuida do meu menozinho.

Duda: Pode deixar. - Falou rindo.

Magrinho: Vou ficar lá fora contigo, deixa as duas ia.

Sai com ele pra fora do quarto e a gente ficou sentado num quanto que tinha ali que não tinha movimento.

Magrinho: E a sua cria, sai quando?

Th: Ih pô, a Clara me falou uma vez que tava cedo pra gente arrumar criança e desse dia pra cá eu não perguntei mais não. Mas tô mó afim de ter uns três pivete com ela ainda.

Magrinho: Ela vai muito querer ter três filhos. - Falei debochando dele. Clara já tinha falado a mó cota que queria ter só um filho.

Th: Vou mete logo trigêmeos nela, vai vendo. - Neguei rindo.

A gente ficou conversando uns assuntos ali até o horário de visita acabar. O Pk tinha ido embora antes do meu pivete nascer porque parece que a Emily passou mal. Mas eu mandei umas fotos pra ele que pediu, e ele disse que cola aqui depois.

De fim a Clara e o Th foi embora e eu fiquei no quarto com a Duda, mimando o Marcelo.

Lá no MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora