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• Clara

Clara: Vamo mercado com a tia Victor? - Falei olhando pra ele que me olhou sorrindo.

Victor: A gente vai na praça depois? - Falou todo fofinho e eu concordei com a cabeça.

E sempre assim, falou em rua ele se alegra todinho e cisma de ir pra praça, nunca vi gostar de rua assim. 

Desse tamanho e já gosta de medir rua, vê se pode!

Troquei ele de roupa e passei um perfume nele, que já tinha tomado banho então foi só arrumar ele mesmo. Deixei ele ali na cama brincando com a escova e fui me arruma também. Terminei rapidinho, peguei dinheiro, celular e o cartão de crédito e fui me saindo com o Victor no colo.

Clara: Boa tarde. - Desejei aos meninos da segurança da casa. 

- Boa pá nóis patroa, vai querer ajuda com alguma coisa?

Clara: Não tá suave, eu só vou no mercadinho.

- Pode pá, qualquer coisa da um salve, já é?

Fiz beleza com a mão e fui descendo.

Matheus tinha ido trabalhar e como o Victor tá na casa dele passando uns dias lá, eu não fui trabalhar pra cuidar dele. 

Eu sempre falo que a casa é do Matheus, sei lá ainda não me acostumei em falar nossa casa.

Tá sendo incrível pra mim morar com ele, eu juro que eu achei que a gente ia brigar todo dia por ele ter o jeito dele e eu o meu ser pior ainda. Mas tá suave, e eu espero que continue assim!

Comprei algumas coisas que estavam faltando e pedi pra um dos meninos daqui levaram pra casa do Matheus. No meio do caminho o Victor quis ir pra pracinha então acabou que eu fui com ele, que ficou lá tomando sorvete.

Vanessa: Oi meu amor. - Falou sem aproximando. - Mamãe tava morando se saudades de você. - Beijou ele. - E aí Clara, tudo na paz? 

Clara: Como diz os meninos... Tudo dois. - Falei rindo.

Vanessa: Cara eu tô morta de cansada eu nunca achei que ser gerente de loja iria me dar tanta dor de cabeça. - Se sentou de meu lado e colocou o Victor no colo dela.

Clara: Eu que o diga, sei o que você tá passando. Quem trabalhar com o público já tem vaga garantida no céu meu amor, não é fácil não viu!

Vanessa: Eu espero viu, porque olha é cada menina insuportável que vai naquela loja, só mais as meninas do morro super de boas e na delas, lá não, é uma querendo se achar mais superior do que a outra! Ah, mudando de assunto. Eu passei na loja de festas e já comecei a olhar as coisas pra festa de dois anos do Victor.

Clara: Já escolheu o tema?

Vanessa: Então ele a uns dias atrás estava falando que queria dos PJ masks, aquele desenho chato sabe? Mas eu achei feio, festa nada haver, só mais fazer do homem aranha, carro, sei lá. Alguma coisa mais bonitinha.

Clara: Ou você pode fazer tudo azul, só com o nome dele destacando. Fica lindo também.

Vanessa: Vou fazer assim então, porque o Pk falou que era pra fazer do Flamengo. - Falou rindo.

Neguei com a cabeça e fiquei ali conversando com elas vários assuntos, nesse tempo eu e ela e a Duda nos aproximamos muito. 

Gostei dela desde o primeiro dia que eu a vi, nesse tempo nada mudou entre a gente é claro que ela meio que se afastou depois de tudo que rolou, mas depois de um tempo do nada a gente se esbarrou na rua e ficamos conversando por horas.

Fiquei sentada ali na praça olhando o Victor brincar enquanto ela tinha ido buscar sorvete pra ela, senti meu bolso vibrar e tirei o meu celular vendo que era a Duda me ligando.

Ligação on
- Chora.

Duda: Cara eu tô sentindo umas dores chatas no pé da barriga, desde manhã. Eu não faço a mínima ideia do que seja então eu tô com medo de ser o Marcelo querendo sair. Tem como tu vim pra cá?

- Já tô indo, tenta ficar quieta aí viu, deita aí que eu já estou chegando.
Ligação off

Clara: A Duda ligou dizendo que tá sentindo dor e tá achando que o Marcelo tá querendo nascer. - Falei com a Vanessa que já tinha voltado. - Vamo lá na casa dela?

Vanessa: Vamo pô, vou só pegar o Victor que tá brincando ali.

Ela nem demorou e voltou com o Victor no colo, fui andando rápido pra casa da Duda, que estava sentando meditando quando a gente chegou.

Lá no MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora