• Th •
Th: Tu tá bem? - Parei na frente dela que estava deitada no sofá com uma bolsa térmica na barriga.
Clara: Mais o menos. - Fez careta. - Pode voltar a dormir, eu tô suave.
Th: E eu consigo dormir sem tu? - Me sentei do lado dela. - Tu ficou rolando a cama inteira, tem certeza que tá bem?
Clara: É só uma cólica do caralho mesmo já tomei três remédios e nada. - Se ajeitou pra se levantar no sofá. - Vamos deitar! - Se levantou colocando a mão na barriga.
Th: É normal isso aí mermo? Porque tu sempre toma remédio e passa pô. - Olhei ela entrar no banheiro assim que a gente entro no quarto.
Clara: Tá doendo demais. - Falou colando a mão na barriga.
Th: Quer ir pro hospital, sei lá?
Clara: Acho que não precisa. - Se deitou do meu lado e fiquei olhando pra ela.
Th: Tem certeza?
Clara: Tenho, qualquer coisa eu te chamo. - Ela virou pro lado e eu só apaguei a luz indo me deitar também.
****
Clara: Matheus, eu tô sangrando demais, isso não é normal não cara. - Olhei pra ela que estava na porta do banheiro.
Th: Bora pro hospital então pô!
Me levantei meio lerdo ainda já que tinha acabado de acordar e fui me arrumando ali enquanto ela já estava arrumada sentada na cama com a mão na barriga.
Terminei de me arrumar rapidão e desci com ela pra um hospital fora do morro que era onde a Duda ganhou neném. Clara ficou o caminho gemendo de dor enquanto apertava a barriga.
A gente nem demorou chegar e os cara já veio buscar ela e levou ela pra sala lá enquanto eu fiquei fazendo a ficha lá. Fiquei por mó cota ali já que os filho da puta não queria deixar eu entrar e depois de uns trinta minutos eu pude ir pra sala onde ela estava.
Th: Colfoi? - Perguntei vendo a uma enfermeira do lado dela.
Clara: A se ela me falasse resolveria metade dos meus problemas. - Falou toda nervosa. -Já perguntei cinquenta vezes pra ela. O amada o que eu tenho?
- Olha senhora, a duas possibilidades.
Clara: Hm? - Murmurou impaciente.
- A primeira é que você pode estar tendo um aborto espontâneo e a segunda só o médico pode te dizer.
Olhei pra Clara que ficou parada olhando.
- Eu sei que a senhora está com dor, mas eu não posso ter dar medicamento nenhum até o médico confirmar o que você tem.
Th: E cadê o médico desse caralho?
- Vou chamar, se me dão licença. - Falou saindo.
Clara: Eu pedir o nosso neném! - Falou chorando.
Th: Colfoi pô, a moça falou que talvez é isso, ninguém confirmou nada e sem contar que tem a hipótese de ser outra parada.
Clara: Que parada Matheus, eu tô sangrando demais. Só pode ser isso mesmo cara.
Th: E se for também não dá em nada pô, não era pra ser. Se for isso mermo a gente tenta outro depois. - Dei um beijo na testa dela enquanto ela ficou chorando quietinha lá no canto dela.
Pô, fiquei malzão em saber que a Clara poderia tá perdendo uma cria nossa. Sempre foi meu sonho ter um pivete com ela e do nada umas ideia dessa. Mas independente de qualquer parada eu ia estar do lado dela e se fosse isso mesmo, só não era pra ser agora.
- Boa noite. - Falou entrando na sala e eu já encarei ele bolado.
Só se for à boa noite do cu dele, eu hein.
- Ok, vamos lá... como a enfermeira disse eu tenho duas hipóteses pra você. Mas vou fazer uma ultra sonografia para eu ter certeza.
Falou pegando umas parada lá e depois de um tempinho a enfermeira entrou na sala também e eles começaram a fazer aquelas parada lá de grávida na barriga dela.
Ele ficou por mó cota passando aquele bagulho na barriga dela enquanto eu só via um monte de borrão na tela. Pra te falar a real, tava nem entendendo nada.
- Então, era o que eu pensava mesmo. - Falou depois de mó cota em silêncio
Th: O que tá rolando com ela, pô? - Encarei ele sem a mínima paciência.
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Lá no Morro
RomanceUma coisa é certa, é que só penso na gente. Não tem mais como negar, Então chega mais perto acho que tu me entende... Eu você nega!