Hope pt 2

88 8 4
                                    

Bem cedo da manhã, Tamlin ouviu barulhos por toda a casa, desceu para ver do que se tratava e se deparou com a mulher refazendo toda a sua casa com magia, móveis, paredes quebradas, teto, piso...

-O que está fazendo?

-Estou ocupando minha mente com alguma coisa sadia. Essa casa está às quedas e você não faz nada.

Ele olhou boquiaberto enquanto a magia azul da mulher refazia toda a sua mansão, em menos de 10 minutos, tudo estava refeito.

-Por que está fazendo isso?

-Por quê,  você não pode viver pra sempre nessas ruínas. Se me dá licença, irei para o jardim.

E ela foi, num instante todo o jardim estava refeito, num passe de mágica,  tudo reconstruído.

-Depois que a magia de minha irmã passou pra mim, tenho que descarregar de alguma forma.

Ela tem uma irmã. Tamlin não entendia como a magia de sua irmã havia passado para ela. Mal conseguiu pensar quando ela voltou a falar.

-Sou Victória Renard, e pela sua expressão de confusão,  acho que vou ter que lhe explicar algumas coisas.

Negação.  Ela estava em negação. Ninguém perde uma filha e do dia para a noite acorda como se nada tivesse acontecido.

-A depressão nunca levou ninguém a lugar algum.

Tamlin se surprendeu com sua resposta, ela conseguia ver em sua mente? O que estava pensando.

-Não vai falar nada? Pelo menos o seu nome...

-Sou Tamlin.

-Tamlin o grão senhor? Quer dizer que estou na Corte Primaveril?

-Finada Corte Primaveril você quer dizer. Esse lugar não é nem de longe uma corte.

Raiva. Agora ele tinha raiva.

-Me diga Victória, como consegue praticar magia se não é feérica?  Pelo menos não parece.

-Sou uma bruxa seu tolo. Acha que só os feéricos praticam magia? Ficaria surpreso com o que pode encontrar além da muralha, ou antiga muralha.

Uma bruxa. Tamlin nunca havia visto uma em sua vida, apenas ouvira falar que eram criaturas cruéis e que usavam seu poder para conseguir qualquer tipo de vantagem.

-Não tem o costume de falar sr Tamlin,  Grão Senhor da corte Primaveril?

Tamlin se surpreendeu com a ousadia da mulher, Victória.  Ainda não se acostumara com seu nome.

-Só falo o necessário sra Victória.

Ela o olhou de cima a baixo e notou seu sarcasmo.

-Bom sr Tamlin,  preciso de sua ajuda para uma coisa muito importante.

-Que seria?

-Buscar o corpo de minha filha daquele inferno.

*
*
*
*

O Grão Senhor sem Corte (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora