Capítulo 5

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Danilo é um adolescente de 17 anos, que gosta de jogar vídeo game, ler livros e assistir séries. Se sente mehor andando com meninas do que com meninos da sua idade. Toca instrumentos e tem vontade de iniciar um novo hobbie, que ainda está pensando no que. Na escola fala com poucas pessoas e tem poucos amigos e Carolina foi a primeira pessoa com quem ele se sentiu confortável para se mostrar como realmente é, logo depois virou muito amigo da Beatriz, que com o passar dos anos, os três criaram um laço muito bonito e fiel de amizade.

- Será que é isso mesmo? - Pergunta Carol, enquanto se levanta e se aproxima do Danilo que ainda continua olhando a foto do envelope, com uma palavra escrito "Ales dra."
- Mas por que alguém iria apagar o nome da mãe e fechar o envelope? Pergunta Bia.
- Não sei, isso é muito estranho. Na verdade o que vocês me contam sobre a mãe de vocês é tudo muito raso. - Começa Danilo, buscando as palavras, para não machucar as meninas e logo continua - Vocês já viram a foto dela, sabem que ela se foi, mas sei lá, vocês não acham que precisa saber mais? O que a mãe de vocês gostava de fazer? Criar memórias afetivas, sabe? Do pouco tempo que vocês viveram juntas. Completa Danilo, olhando para as meninas.
- O que sabemos, foi o que o pai nos contou e que você já sabe. - Começa Bia e completa: - E o que a vó nos falou, que nossa mãe não tinha nada para nos oferecer.
- Como assim? Pergunta Danilo.
- Ela falou que ela não era próxima de nós, mesmo antes de descobrir que estava doente. Desabafa Bia e continua: - Ela passava muito tempo a qui no quintal e só entrava para nos dá de mamar, o papai que nos trocava, nos dava banho, colocava a gente pra dormir.
Silvana chega a Casa da família Greco Bianchi e antes de entrar pelo quintal escuta as meninas conversando baixinho e sente uma tensão no ar, mesmo achando errado sua atitude, espera um pouco antes de entrar para tentar ouvir alguma coisa e escuta Carol dizendo:
- A vó disse que ela não era atenciosa, não tinha um trabalho fixo, maturidade nem instinto materno para cuidar da gente. Fala Carol que suspira aliviada em colocar para fora tudo aquilo que não falava a um tempo.
- É estranho. - Começa Bia e continua: - Tudo que a Vó fala é ao contrário do que o pai nos falou da mamãe. Na verdade, tudo em volta dela é um verdadeiro mistério. Completa Bia.

Silvana sente uma ânsia em ouvir o que as meninas acabam de falar da mãe, Silvana que sabe um pouco mais da história, fiica aflita e incomodada que a Dona Helena inventou tudo aquilo para que as meninas sentissem repulsa da própria mãe, invés de vivenciar o luto e superá-lo. - Oi, meninas. Oi, Dan, tudo bem? Entra Silvana, cumprimentando todo mundo.
- Oi, tudo bem. Responde Danilo.
- Oi Si. Responde as meninas. - Comprei uma lembracinha pra você. Diz Carol, se levantando.
- Pra mim? E o que é? - Diz Silvana, seguindo Carol.
Carol vai até o quarto, abre a gaveta do guarda roupa, tira uma caixinha e entrega a Silvana. Silvana abre o lacinho em volta da caixinha e abre a parte do feixe e olha um lindo colar.
- Que lindo, obrigada, Carol, eu amei!
Carol e Silvana gostavam muito de bijuterias e era um presente que as duas gostavam de presentear uma a outra. Silvana se olha no espelho do guarda roupa, enquanto coloca o colar que acabou de ganhar. Seu Edgar aparece na porta do quarto das meninas e coloca a cabeça e o braço encostados na porta, admirando a beleza de Silvana. Uma mulher alta, de cabelos castanhos e curtos, na altura do pescoço e os olhos levemente puxados da cor do mel. Ao ver que estava sendo observada, olha para Seu Edgar e pergunta: - Que foi? - E sorrir.
- Nada. - Responde, só admirando. Fala Seu Edgar.
- Biaaaa. - Chama Carol. - Vamos tomar banho de piscina?
- Vamos. Vai pegar uma roupa de banho. Diz Bia, olhando para o Dan.

Silvana olhando ao redor para ver se ninguém está perto, nem a Dona Helena e fala, com um semblante mais sério. - Precisamos conversar.
- O que houve? - Diz seu Edgar.
- Vamos no seu quarto, como diz o ditado, as paredes tem ouvidos.
Silvana conta que ouviu as meninas conversando sobre a mãe.
- Talvez seja a hora de conversar com elas sobre a mãe. Silvana começa, enquanto Seu Edgar tranca a porta do seu quarto.

Carol, Bia e Danilo brincam na piscina, quando Bia volta ao assunto da mãe.
- Vou perguntar para o papai sobre a mãe. Será que temos algo em comum? Bia fala para Carol.
- E como será que ela reagiu quando soube que não estava esperando um bebê e sim dois. Diz Carol, aos risos.
- De uma coisa eu sei, ela era linda. Assim como vocês. Fala Danilo.
A tarde voa e já são 18h15 quando Danilo fala que precisa ir para casa.
- Espera um pouco, Dan, a Silvana te deixa em Casa, né Si? Fala Carol, que ver a Silvana e o Pai os olhando, sentados no gramado, próximo ao jardim.
- Claro, deixo sim. - Responde Silvana. - Só vim mesmo pegar o meu carro.
Danilo sai da piscina e pergunta se pode tomar banho antes, no banheiro que ficava perto da piscina, próximo a churrasqueira.
- Não, não pode. - Responde Seu Edgar, logo depois soltando uma risada gostosa. - Claro que pode, vai lá. Dona Maria, faz o favor. Grita Seu Edgar. - Pega uma toalha pra esse rapaz.
As meninas entram no chuveirão que fica perto da piscina, só pra tirar o cloro da piscina e colocam o roupão, que tinham ganhado do pai, dos Estados Unidos, estampados com o nome delas. Da Beatriz era verde água, sua cor preferida e da Carolina era rosa bebê. Carolina não tinha uma cor preferida, mas gostava muito de rosa e branco.
A noite chegou, as meninas estavam no quarto se preparando para jantar quando Carol pergunta:
- Vamos falar com o pai hoje?
- Sobre a mamãe? - Pergunta Bia.
- Sim, você acha que estamos preparadas pra saber a verdade? Seja ela qual for? - Carol pergunta, sem saber o que responderia, se fizessem essa pergunta a ela.
Dona Helena que estava atrás da porta ouvindo a conversa das meninas, vai para o quarto dela que era o último do corredor e começa a pensar no que poderia acontecer, se o filho contasse todas as mentiras que ela contou todos esses anos para as meninas.

- Eu penso que seria importante procurar apoio psicológico para as meninas, tudo que aconteceu, o rumo que as coisas tomaram, as mentiras da Dona Helena tem sido um cargo muito pesado para elas, um Psicólogo iria ajudar. Fala Silvana, enquanto Danilo a espera dentro do Carro.
- Você diz, uma terapia? Diz Seu Edgar, pensando na ideia.
- Filho, filho. Grita Dona Helena. Fazendo toda uma cena.
- Oi mãe. - Responde Seu Edgar, enquanto corre até a porta da garagem, onde Dona Helena estava. - O que foi? Seu Edgar pergunta enquanto ajuda Dona Helena a se sentar.
- Estou com um aperto no peito. - Diz Dona Helena, forçando a voz para que fique trêmula.
- Vou te levar no médico. Diz Seu Edgar.
- Precisa de alguma coisa, amor? Pergunta Silvana, preocupada. - Quer que eu vou com você?
- Não, amor, não se preocupe, fique com as meninas. Qualquer coisa te ligo. Eu te amo. - Seu Edgar fala, enquanto leva Dona Helena até o carro.
- Filho, não precisa. Diz Dona Helena. Com receio de ficar internada, por já ter uma idade mais avançada, apesar de estar bem, só fazendo uma cena, como uma grade atriz.
- Vai pro Hospital sim, Senhora. Eu vou te levar. Diz Seu Edgar, preocupado com a mãe.
- O que aconteceu? Diz Danilo, saindo do Carro.
- Dona Helena não estar bem, vem Dan, vamos entrar. Vou preparar um chá pra gente. Diz Silvana, enquanto leva Dan pela mão até a casa.

17 Primaveras - (COMPLETO).Onde histórias criam vida. Descubra agora